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Empreendedora cria gravataria com 80% de mão de obra feminina e fatura R$ 9 milhões

Cada gravata passa por até 40 mulheres até chegar no pescoço de um homem; conheça essa história

28 dez 2023 - 05h00
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Edi Saraiva começou vendendo gravata de porta em porta em São Paulo.
Edi Saraiva começou vendendo gravata de porta em porta em São Paulo.
Foto: Divulgação

A gravata, seja a clássica ou borboleta, é um acessório bem conhecido do dia a dia, normalmente utilizado pelo público masculino. No entanto, o que pouca gente sabe é que são as mulheres que dominam os bastidores desse universo. A maior gravataria do Brasil, com faturamento anual de R$ 9 milhões, foi fundada e é administrada pela empreendedora Edi Saraiva, 51 anos, e 80% do quadro de colaboradores é feminino.

“Monitoro o desenvolvimento do mercado de gravatas no Brasil e no exterior há 30 anos e percebo que as mulheres estão à frente da produção da peça que requer muito cuidado, atenção e olhar delicado desde a escolha da matéria-prima, que pode ser muito delicada, como a seda, o que exige manuseio e acabamento muito minuciosos, típicos da percepção da mulher”, explica Edi em conversa com o Terra.

A empreendedora começou vendendo gravata de porta em porta em São Paulo quando precisou deixar seu trabalho num ambiente corporativo em virtude dos desafios econômicos que o País passava no início da década de 1990. Mais de 30 anos depois, a empreendedora tem um showroom com mais de 200 mil peças de acessórios masculinos, sendo seu carro-chefe a gravata.

Conforme relata Edi para a reportagem, as gravatas são distribuídas em mais de 20 mil lojas em todo Brasil. Cada gravata que chega ao pescoço de um homem produzida pela Edi Saraiva passou pelas mãos de, pelo menos, 40 mulheres. E é a própria Edi quem desenvolve as estampas das gravatas de cada uma das quatro a cinco coleções lançadas por ano. 

Além disso, estão entre as outras inúmeras atividades que envolvem a participação feminina: pesquisa, tingimento do fio, preparação do urdume, dos teares, simetria nas costuras do bico, do fechamento da gravata, do passante e da etiqueta da peça, além da revisão para não haver metal na peça e da qualidade final do produto, empacotamento, controle de estoque, exportação e até finanças. 

Produção na China

Com um portfólio de clientes bem consolidado no Brasil, Edi Saraiva também tem expandido para fora do País. Ela acompanha de perto o processo de produção com o auxílio de uma assessora de controle de qualidade na China, onde as peças são fabricadas numa indústria têxtil de grande porte e 85% do total de 3 mil colaboradores são mulheres.

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Fonte: Redação Terra
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