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Em busca de sobrevivência, Eike desmantela império

A petroleira OGX entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, no mais recente golpe ao império industrial do ex-bilionário Eike Batista em processo de desagregação

30 out 2013 - 18h39
(atualizado às 18h39)
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A petroleira OGX entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, no mais recente golpe ao império industrial do ex-bilionário Eike Batista em processo de desagregação.

A OGX sempre foi o carro-chefe do grupo EBX, um conglomerado de energia, mineração e logística antes avaliado em US$ 60 bilhões. Mas a produção decepcionante dos campos marítimos de petróleo dizimaram em mais de 90% o valor de mercado da petroleira em um ano, dando início a uma reação em cadeia entre outras empresas listadas de Batista.

Em busca de capital novo para atender as obrigações de dívida e manter as operações funcionando, Eike foi forçado a trazer novos investidores e diluir seus ativos, quebrando um império do qual ele tinha o controle total.

Abaixo está a condição das outras cinco empresas listadas do grupo EBX:

MPX Energia SA

A alemã E.ON SE assumiu o controle da geradora de energia MPX Energia em março, triplicando sua participação com um investimento de cerca de US$ 1 bilhão. O nome da companhia foi mudado para Eneva SA em setembro.

Em julho, Eike deixou a presidência do Conselho da empresa de energia depois de reduzir sua participação à metade, para 27% neste ano. Eike pode vender sua fatia remanescente, disse a companhia em comunicado divulgado em setembro.

A E.ON é a maior acionista da Eneva, com 38% do total.

LLX Logística SA

Eike cedeu o controle da operadora portuária LLX para o grupo de investimentos EIG Global Energy Partners LLC em agosto, em negócio de US$ 559 milhões. O empresário deixou o cargo de presidente do Conselho da LLX.

A fatia de Eike, antes controlador, caiu para 21% na LLX, cujo principal projeto, o Porto de Açu, é considerado o maior investimento da América Latina em infraestrutura portuária.

MMX Mineração e Metálicos SA

A companhia de mineração MMX vendeu o controle de um importante porto de minério para a empresa holandesa Trafigura Beheer BV e o fundo soberano Mubadala Development, baseado em Abu Dhabi, por quase US$ 1 bilhão em outubro.

No negócio, Trafigura e o Mubadala, maior credor individual de Eike, ficaram com uma fatia de 65% do Porto Sudeste da MMX, ainda em construção e previsto para funcionar em meados de 2014.

A chinesa Wuhan Iron and Steel Co, também conhecida como Wisco, e a coreana SK Networks, unidade da SK Holdings Co, possuem fatias minoritárias na MMX.

OSX Brasil SA

A construtora naval OSX está trabalhando para refinanciar suas dívidas na tentativa de evitar um pedido de recuperação judicial, disseram fontes à Reuters. A OSX disse na segunda-feira que não tem planos de fazer o pedido por proteção "no momento".

Em maio, a OSX reprojetou da construção de estaleiro em Açu, antes desenhado para ser o maior do Hemisfério Sul. Neste mês, a construtora naval, na qual a coreana Hyundai Heavy Industries Co Ltd possui fatia de 10%, disse que pode considerar diversas opções, incluindo uma fusão com rivais, mas não elaborou.

CCX Carvão da Colombia SA

A mineradora de carvão CCX disse na terça-feira que está entrando na etapa final de conversações para vender cerca de US$ 450 milhões em ativos na Colômbia para o grupo turco Yildirim Holding Inc.

As companhias esperam finalizar a venda das minas abertas Cañaverales e Papayal até o final de dezembro, em negócio avaliado em US$ 50 milhões, disse a CCX. As conversações para vender a mina subterrânea San Juan associada à infraestrutura ferroviária e portuária, avaliada em US$ 400 milhões, devem ser concluídas até o final de abril de 2014.

Eike anunciou planos de saída da bolsa da mineradora de carvão em janeiro, menos de um ano depois que a companhia abriu o capital. A companhia abandonou planos de deixar a bolsa em junho.

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