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Dólar vai a cerca de 5 reais mesmo após dados sombrios dos EUA

26 mar 2020 - 09h24
(atualizado às 10h51)
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O dólar passava a cair contra o real na manhã desta quinta-feira, apesar de recorde no número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego na semana passada, com a onda de incerteza global impulsionando a volatilidade.

10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram para 3,28 milhões na última semana, superando o recorde anterior de 695 mil estabelecido em 1982, disse o Departamento do Trabalho do país nesta quinta-feira.

A pandemia de coronavírus, que interrompeu repentinamente a atividade nos Estados Unidos, desencadeou uma onda de dispensas que provavelmente acabou com o maior impulso no mercado de trabalho da história norte-americana.

No entanto, apesar do dano visível decorrente da disseminação da doença, às 10:44, o dólar recuava 0,44%, a 5,0111 reais na venda, chegando a tocar 4,9840 na mínima intradia. Na máxima do pregão, o dólar foi a 5,0670 reais.

O dólar futuro de maior liquidez era negociado em baixa de 0,59%, a 5,0075 reais.

"Cenário muito incerto; é basicamente isso que a gente tem vivido nos últimos tempos", disse à Reuters Flávio Serrano, economista sênior do banco Haitong. "Dados dos EUA foram bem ruins, não há muita razão econômica (para essa queda)."

"Mas temos muita volatilidade, que vai continuar muito elevada por basante tempo", afirmou.

No exterior, o movimento de divisas emergentes e ligadas à exportação tinham movimento semelhante ao do real, com lira turca, peso mexicano e dólar australiano subind.

Segundo analistas, o baque no emprego pode significar nova onda de estímulos na luta contra o impacto econômico do coronavírus. O Senado dos Estados Unidos já aprovou por unanimidade um projeto de lei de 2 trilhões de dólares para ajudar trabalhadores desempregados e indústrias afetadas pela pandemia.

No cenário doméstico, em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC cortou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil a zero em 2020, ante crescimento de 2,2% calculado em dezembro, destacando que a estabilidade agora vista está associada a impactos econômicos "expressivos" decorrentes da pandemia de coronavírus.

Na véspera, a divisa norte-americana à vista fechou em queda de 0,96% contra a moeda brasileira, a 5,0334 reais.

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