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Dólar ultrapassa R$ 2,70 e fecha no maior valor desde 2005

Giro financeiro no mercado à vista ficou em torno de US$ 1,4 bilhão

16 dez 2014 - 18h26
(atualizado às 18h27)
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<p>Moeda norte-americana subiu 1,87%, a R$ 2,7355 na venda, maior nível de fechamento desde 24 de março de 2005 (R$ 2,740)</p>
Moeda norte-americana subiu 1,87%, a R$ 2,7355 na venda, maior nível de fechamento desde 24 de março de 2005 (R$ 2,740)
Foto: Gary Cameron (UNITED STATES - Tags: BUSINESS POLITICS) / Reuters

O dólar subiu quase 2% nesta terça-feira, chegando a bater o patamar de R$ 2,76 durante o pregão ao reagir à intensa aversão ao risco nos mercados globais, após a forte alta dos juros da Rússia na noite passada se mostrar insuficiente para evitar o tombo do rublo e em meio à contínua queda dos preços do petróleo.

Mesmo a informação de que o Banco Central continuará ofertando swaps cambiais no ano que vem, com leilões equivalentes que podem variar entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões, não foi suficiente para conter o mau humor no mercado. Operadores ainda aguardam uma definição final dos moldes do programa.

A moeda norte-americana subiu 1,87%, a R$ 2,7355 na venda, maior nível de fechamento desde 24 de março de 2005 (R$ 2,740). Na máxima do dia, subiu 2,83%, a R$ 2,7614.

Nas últimas cinco sessões, o dólar acumulou valorização de 5,29%.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro no mercado à vista ficou em torno de US$ 1,4 bilhão. O movimento intenso desta sessão inchou o volume do mercado futuro, que ficou acima da média das últimas semanas.

"O cenário externo está bastante pressionado, com essa história da Rússia, e isso dá mais impulso para o dólar continuar a trajetória de alta aqui", disse o operador de câmbio Marcos Trabbold, da corretora B&T.

O dólar chegou a subir mais de 10% contra o rublo nesta sessão, mesmo após o banco central da Rússia elevar sua taxa básica de juros a 17%, ante 10,5%. A decisão deu força à aversão global a risco, com investidores buscando aplicações consideradas mais seguras, em meio à forte queda dos preços do petróleo.

A alta da divisa norte-americana frente ao real alimentou ainda mais a ansiedade dos investidores em relação ao futuro do programa de intervenções do BC brasileiro no câmbio, marcado para durar até o fim deste ano.

Nesta manhã, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou em audiência no Comissão de Assuntos Econômicos do Senado que a autoridade monetária decidirá "nos próximos dias" os termos do programa de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vigorará a partir de 1º de janeiro.

Tombini disse ainda a jornalistas, quando questionado sobre o futuro do programa cambial, que "os parâmetros podem ser ajustados para o mínimo de US$ 50 milhões e no máximo de US$ 200 milhões, como é hoje", sem dar mais detalhes.

Mas a faixa mencionada por Tombini foi considerada ampla demais por operadores e não compensou o pessimismo internacional.

"O mercado quer saber exatamente como vai ser o programa (do BC) no ano que vem. Que a tendência é de redução, todo mundo já sabia", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Na atual etapa do programa de intervenções, o BC oferta diariamente até 4 mil contratos de swap cambial, que equivalem a US$ 200 milhões.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a US$ 196,6 milhões. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de setembro e 2 mil para 1º de dezembro de 2015.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a US$ 9,827 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 60% do lote total.

O BC realizou ainda mais um leilão de venda de até US$ 1 bilhão com compromisso de recompra em 2 de junho de 2015. A taxa de recompra da operação ficou em R$ 2,868267.

Os desdobramentos da operação Lava-Jato da Polícia Federal, que investiga suposto esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, também mantinham investidores apreensivos em relação a ativos brasileiros.

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