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Dólar tem segunda queda seguida e fecha abaixo de R$ 3,25

3 jan 2018 - 17h08
(atualizado em 27/4/2018 às 11h13)
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Notas de reais e dólares em uma casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015  REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de reais e dólares em uma casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O dólar recuou nesta quarta-feira, pelo segundo pregão consecutivo e indo abaixo de R$ 3,25, sintonizado com a trajetória da moeda norte-americana no exterior em dia de agenda doméstica esvaziada.

O dólar recuou 0,73%, a R$ 3,2364 na venda, depois de despencar 1,64% no pregão passado.

Nestes dois pregões, a moeda norte-americana ficou 2,35% mais barata e, na mínima do dia, foi a R$ 3,2334. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,80%.

"O ambiente favorável à busca por risco atravessou a noite e segue presente", trouxe a corretora H.Commcor em relatório ao citar o cenário externo.

Lá fora, o dólar caía ante moedas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, e, apesar de mostrar leve alta sobre uma cesta de moedas, continuava perto da mínima em quatro meses com investidores reduzindo posições antes da divulgação da ata da reunião de dezembro do Federal Reserve, banco central norte-americano, após o fechamento dos mercados locais.

Os investidores vão procurar no documento sinais de como a política monetária dos Estados Unidos será gerenciada daqui para frente. Juros mais altos podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outras praças, como a brasileira.

Internamente, o fato de o dólar ter recuado do nível de R$ 3,31, no fechamento de 2017, para abaixo de R$ 3,25 agora acabou atraindo compradores, que acabaram içando pontualmente a moeda norte-americana no final da manhã.

"Se o dólar/real permanecer abaixo da região de R$ 3,25/3,26, podemos ver a cotação caminhando em direção a uma barreira muito forte, a R$ 3,20", escreveu a corretora Wagner Investimentos em relatório.

Internamente, o ano virou com clima um pouco mais favorável, após as agências de classificação de risco não terem reduzido o rating do Brasil no final de 2017, como era a expectativa de parte do mercado após a votação da reforma da Previdência ter sido adiada para fevereiro na Câmara dos Deputados.

Nas próximas semanas, os investidores também vão ficar de olho no julgamento, marcado para o dia 24 de janeiro, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância no caso do tríplex no Guarujá.

Caso sua condenação seja mantida, ele pode não participar das eleições presidenciais desde ano. Lula é visto por alguns investidores um candidato menos comprometido com o ajuste fiscal.

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