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Dólar recua levemente ante real acompanhando negociações entre China e EUA

10 mai 2019 - 10h37
(atualizado às 10h46)
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O dólar caía ante o real nesta sexta-feira de olho no exterior, onde investidores alimentam esperanças de um acordo comercial entre Estados Unidos e China à medida que negociadores dos dois países adentram o segundo dia de conversas, ofuscando o aumento das tarifas norte-americanas sobre produtos chineses.

Notas de dólar
20/03/2019
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
Notas de dólar 20/03/2019 REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
Foto: Reuters

Às 10:24, o dólar recuava 0,23 por cento, a 3,9447 reais na venda. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 0,52%, a 3,9536 reais.

O dólar futuro rondava a estabilidade neste pregão.

Conforme anunciado por Trump no fim de semana passada, as tarifas norte-americanas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses subiram de 10% a 25% nesta sexta-feira.

Mas mesmo com a ameaça de retaliação de Pequim, negociadores em Washington concordaram em permanecer na mesa de negociações pelo segundo dia, mantendo vivas as esperanças de um eventual acordo.

A continuidade das conversas está alimentando expectativas de agentes financeiros de que pode, afinal, haver um acordo entre os dois países.

"Por ora, parecem prevalecer as apostas de que um acordo ainda seja possível, enquanto outros, já considerando a ausência de um desfecho positivo, enxergam algum motivo de resiliência aos ativos de risco na iminência de maior cautela dos principais Bancos Centrais globais como reação à essa possível conjuntura", avaliou a equipe da corretora H.Commcor em nota.

Trump também disse que iniciará a "papelada" nesta sexta-feira para taxas de 25% sobre outros 325 bilhões de dólares em importações chinesas.

Em Pequim, o Ministério do Comércio da China disse que "lamenta profundamente" a decisão dos EUA, acrescentando que vai adotar contramedidas necessárias, sem dar mais detalhes.

O cenário doméstico fica no pano de fundo nesta sexta-feira, com investidores monitorando eventuais avanços ligados à reforma da Previdência.

Na véspera, o secretário especial de Trabalho e Previdência, Rogério Marinho, disse que o Brasil terá sérias dificuldades no 2º semestre sem a reforma previdenciária.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) reiterou a previsão de que a reforma será votada no plenário da Casa em julho.

Falando em evento nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu que o governo vem enfrentando alguns problemas e que pode até ter de encarar "um tsunami" na próxima semana, mas que vencerá os obstáculos.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de 10,089 bilhões de dólares.

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