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Dólar fecha na máxima em mais de dez anos e vai a R$2,77

"A impressão é que o BC vai ter uma composição menos rígida, mais tolerante", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso

6 fev 2015 - 17h57
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Ilustración fotográfica donde se aprecian billetes de 1 dólar en el aire en Sevilla, España, nov 16 2014. El dólar se cotizaba el viernes de forma mixta, después de que los datos del Producto Interno Bruto de Estados Unidos en el cuarto trimestre fueran más débiles de lo esperado.
Ilustración fotográfica donde se aprecian billetes de 1 dólar en el aire en Sevilla, España, nov 16 2014. El dólar se cotizaba el viernes de forma mixta, después de que los datos del Producto Interno Bruto de Estados Unidos en el cuarto trimestre fueran más débiles de lo esperado.
Foto: Marcelo Del Pozo / Reuters

O dólar subiu mais de 1% ante o real e fechou na máxima em mais de dez anos nesta sexta-feira (6), após números fortes sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem as apostas de que os juros começarão a subir em meados do ano na maior economia do mundo.

A moeda americana avançou 1,34%, a R$ 2,7782 na venda, após atingir R$ 2,7852 na máxima da sessão. A cotação de fechamento é a maior desde 9 de dezembro de 2004 (R$ 2,781). Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 900 milhões (aproximadamente R$ 2,4 bilhões).

A criação de empregos nos EUA acelerou de forma sólida e superou as expectativas do mercado no mês passado, enquanto a renda média mostrou forte recuperação.

O resultado jogou um balde de água fria sobre as apostas de que o Federal Reserve, banco central americano, poderia elevar os juros mais tarde do que o esperado.

"O mercado vinha trabalhando com alguma possibilidade de o Fed postergar o início do aperto monetário para a segunda metade do ano. Hoje veio um dado extremamente bom, então o mercado está caminhando na direção contrária", disse Flavio Serrano, economista sênior do Espírito Santo Investment Bank.

Apreensão no Brasil

O avanço também foi impulsionado pela apreensão dos investidores com o futuro da Petrobras e com as mudanças na diretoria do Banco Central brasileiro. Na avaliação de alguns analistas, a nova diretoria do BC sinaliza uma política monetária menos austera no futuro.

Juros mais altos tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro. Esse movimento pode se intensificar se a nova composição do BC brasileiro realmente se traduzir em menos altas da Selic, como alguns investidores temem.

O BC anunciou na véspera que Luiz Awazu substituirá Carlos Hamilton Araújo, de perfil mais austero, na diretoria de Política Econômica, que naturalmente tem forte influência sobre a condução da política monetária. Awazu acumulava as diretorias de Assuntos Internacionais e de Regulação.

"A impressão é que o BC vai ter uma composição menos rígida, mais tolerante", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

O BC também indicou Tony Volpon, atualmente no banco Nomura, para a diretoria de Assuntos Internacionais. O nome não convenceu os mercados financeiros, que entendem que as últimas projeções sobre a inflação publicadas por ele são "otimistas demais".

Sem 'choque de gestão' na Petrobras

A pressão sobre o câmbio foi corroborada pela indicação de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras, envolvida em esquema bilionário de corrupção. A indicação do executivo, que atualmente preside o Banco do Brasil, aumentou ainda mais a desconfiança dos investidores sobre o rumo que será dado à estatal.

"Não vejo um choque de gestão com essa nomeação", disse o estrategista de uma corretora nacional.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às atuações diárias e vendeu a oferta total de até 2 mil swaps, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 1 mil contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1 mil contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 98 milhões.

O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 30% do lote total.

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