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Dólar avança ante rivais após comentários de Powell no Senado dos EUA

17 jul 2018 - 19h02
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O dólar apresentou ganhos em relação a outras moedas principais nesta terça-feira, 17, à medida que investidores monitoraram a sabatina do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, no Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos. O dirigente minimizou a possível inversão da curva de rendimentos dos Treasuries, o que seria o prenúncio de uma recessão em solo americano, e fez comentários positivos sobre a saúde da economia americana.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 112,87 ienes e o euro recuava para US$ 1,1665. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, fechou em alta de 0,46%, para 94,945 pontos.

Ao prestar depoimento no Senado dos EUA, Powell trouxe poucas novidades sobre o rumo que a política monetária irá tomar em solo americano. Em relação às disputas comerciais, deu poucas pistas sobre o que realmente pensa, mas destacou que as preocupações decorrentes do cenário comercial podem prejudicar o crescimento salarial nos EUA. Além disso, Powell apontou que, em geral, políticas protecionistas levam a piores resultados econômicos.

"A guerra comercial ainda não é motivo para o Fed desistir de seguir com as altas graduais nos juros. O ritmo de aumentos não é rápido demais para levar a uma recessão iminente e não é muito devagar para permitir que desequilíbrios sejam construídos na economia", disse o economista Christopher Rupkey, do MUFG Union Bank. Para ele, Powell está "plenamente consciente de que a economia começa seu décimo ano consecutivo de expansão e está determinado a não deixar a economia fraquejar durante seu reinado".

O sentimento de leve cautela demonstrado por Powell, no entanto, não foi o suficiente para minar o otimismo em relação ao dólar. O dirigente disse que a economia americana estava "em boa forma" e minimizou os efeitos de uma inversão da curva de juros - quando o yield da T-note de dois anos passa a ter valor maior que o do retorno da T-note de dez anos. Embora tenha dito que o indicador "é algo sobre o qual falamos bastante", a discussão sobre o nível neutro da taxa de juros é mais importante para ele.

A libra, por sua vez, cedeu para US$ 1,3112, mesmo após a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, ter conquistado apoio para aprovar uma nova emenda no projeto de lei sobre o Brexit no Parlamento. No início da manhã, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, comentou que as consequências da possível falta de um acordo sobre o divórcio seriam "grandes", o que poderia influenciar as decisões de política monetária da instituição.

Estadão
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