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Do 'greenwashing' à ação: como projetos de crédito de carbono podem ser confiáveis?

Soluções para os erros na certificação passam por rastreabilidade e monitoramento contínuo

19 mai 2025 - 22h11
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Casos de greenwashing na venda de créditos de carbono têm ganhado destaque na mídia, alguns até de forma involuntária, pelos compradores. A compensação de crédito de carbono é utilizada para neutralizar emissões de gases de efeito estufa (GEEs) que não podem ser reduzidas de imediato. Contudo, algumas empresas promovem práticas ambientais falsas ou exageradas, caracterizando o greenwashing.

Certificadoras de créditos de carbono, por vezes, não realizam verificações rigorosas, permitindo a emissão de créditos para projetos sem benefícios reais ao meio ambiente. Isso ocorre pela falta de experiência ou por falhas no monitoramento. A manutenção contínua dos projetos é indispensável para assegurar que eles realmente reduzam ou removam emissões.

Outro problema recente envolve a certificação de projetos em terras griladas no sul do Amazonas - uma das áreas mais desmatadas do País -, cujos créditos foram vendidos a multinacionais. Esse cenário destaca dois conceitos fundamentais: materialidade, a existência concreta do projeto e adicionalidade, que exige reduções que não ocorreriam de outra forma. Projetos realizados sem financiamento de créditos de carbono não atendem ao critério de adicionalidade, mas podem ser certificados erroneamente.

As soluções passam pela rastreabilidade e pelo monitoramento contínuo. Cada árvore deve ser geolocalizada e equipada com dispositivos RFID, garantindo rastreamento ao longo de todo o ciclo de vida. A geolocalização e os registros fotográficos asseguram transparência, facilitam auditorias e garantem conformidade ambiental.

Os benefícios econômicos incluem a geração de renda por meio da comercialização de frutos, sementes, resinas e madeira para os proprietários das terras
Os benefícios econômicos incluem a geração de renda por meio da comercialização de frutos, sementes, resinas e madeira para os proprietários das terras
Foto: Daniel Teixeira/Estadão / Estadão

O monitoramento inclui câmeras hiperespectrais acopladas a drones com leitores RFID, permitindo medição precisa do sequestro de carbono. Os drones capturam dados em tempo real, assegurando rastreabilidade completa. Auditorias independentes regulares também são fundamentais para corrigir possíveis falhas nos projetos.

No caso do manejo florestal, as terras podem ser da União, de comunidades quilombolas, ribeirinhos ou particulares. Esses proprietários oferecem o direito de uso de suas terras por meio de contratos de cessão, geralmente por períodos de 15 anos, garantindo segurança jurídica a todas as partes envolvidas.

Os benefícios econômicos incluem a geração de renda por meio da comercialização de frutos, sementes, resinas e madeira para os proprietários das terras. Após o período de manejo, também há o pagamento de créditos de carbono ao integrador do projeto, consolidando um modelo sustentável e economicamente viável.

Estadão
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