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Como a gestão de pessoas pode impedir a Demissão Silenciosa  

Novo termo da cultura de trabalho expressa sobre excesso de atividades e a importância de um ambiente de trabalho humanizado

29 out 2022 - 02h00
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Foto: Freepik

Atualmente, um dos assuntos mais falados no mundo do trabalho é a prática do "quiet quitting" ou demissão silenciosa. A expressão diz respeito ao comportamento de colaboradores que não fazem mais que suas obrigações combinadas contratualmente, ele cria limites próprios, fazendo de forma bem-feita suas tarefas, mas sem deixar que o trabalho tome uma proporção maior do que deveria.

Em uma cultura de trabalho que exige cada vez mais dos trabalhadores, aqueles que entram e saem no horário acordado, entregam o que é combinado e não participam de confraternizações, ou seja, delimitam bem o que é vida pessoal e vida profissional, estariam se “demitindo silenciosamente”. 

"Esse tipo de comportamento pode gerar um certo desconforto entre empregadores e funcionários. É natural que se imponha limites na vida profissional, de modo que ela não interfira na vida pessoal, prezando por um equilíbrio importante. Mas é necessário que haja uma comunicação entre a liderança e os colaboradores para que o ambiente de trabalho seja um espaço aberto para ouvir as necessidades da equipe”, diz Távira Magalhães, CHRO da Sólides, empresa de RH no mercado de PMEs e gestão de pessoas.

A onda que começou no TikTok

Só no TikTok, rede social onde o termo surgiu e ganhou popularidade, a #quietquitting já tem mais de 28 milhões de publicações, com os relatos de diversos colaboradores de empresas ao redor do mundo. A tendência gerou debates nas redes sobre a importância de limites entre a vida social e a profissional, e como algumas práticas, tidas como comuns, podem sobrecarregar colaboradores. 

O time de recursos humanos deve estar atento aos colaboradores e algumas ferramentas podem auxiliar a identificar a demissão silenciosa, como a avaliação de desempenho e pesquisa de clima interno. 

“O RH e a gestão de pessoas de uma empresa têm um papel fundamental não apenas na hora de delimitar bem os horários dos colaboradores e o que é vida pessoal e profissional, mas também de escutar aqueles que se sentem sobrecarregados e entender o que os leva a praticar o ‘quiet quitting’. Seja através de feedbacks, relatórios ou acompanhamento, é importante que os setores de gestão de pessoas entendam o que está acontecendo dentro de uma empresa”, conclui Távira.

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