PUBLICIDADE

Ex-ministro de Bolsonaro, Guedes lançará um fundo verde, dizem fontes

31 mai 2023 - 18h57
Compartilhar
Exibir comentários

O ex-ministro da Economia Paulo Guedes está se preparando para lançar um fundo de investimento "verde" com banqueiros proeminentes e outros membros do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto à Reuters.

O fundo deve ser lançado em julho, disseram as fontes, com o objetivo de atrair investimentos domésticos e internacionais em transição energética, preservação de recursos naturais e indústrias baseadas em energia renovável.

O novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem procurado priorizar o desenvolvimento econômico sustentável e a proteção da Floresta Amazônica depois que Bolsonaro enfrentou críticas globais pelo aumento do desmatamento e da mineração ilegal durante seu governo.

Antes de Guedes comandar o Ministério da Economia de Bolsonaro, seu primeiro emprego no setor público, ele cofundou um banco de investimentos que mais tarde se transformou no Banco BTG Pactual SA e projetou fundos de private equity focados nos setores de educação e saúde.

O Brasil, cuja matriz energética é baseada predominantemente em energia hidrelétrica, tem sido um ímã nos últimos anos para investimentos em geração de energia eólica e solar, em meio ao interesse crescente em preservação e reflorestamento para gerar créditos de carbono.

O ex-ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite; Gustavo Montezano, ex-presidente do BNDES e o ex-diretor do BNDES Fabio Abrahão -- todos os quais trabalharam com Guedes no governo Bolsonaro -- também devem atuar no fundo.

Roberto Azevedo, ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) que se aposenta em junho como diretor de assuntos corporativos da PepsiCo, também se juntará à equipe, assim como Rodrigo Xavier, que comandou o Bank of America e o UBS no Brasil.

Questionados pela Reuters, nenhum deles respondeu ao pedido de comentários.

O tamanho e os detalhes operacionais do fundo ainda estão sujeitos a discussão, disseram as fontes.

Enquanto ministro, Guedes defendeu publicamente uma economia ambiental do futuro assentada sobre taxação à poluição e estímulos à inovação, mas também compensações para países como Brasil, Índia e Indonésia pela preservação de suas florestas.

Até deixar o cargo em dezembro, ele argumentava que a reformulação das cadeias produtivas globais decorrente da pandemia e do conflito na Ucrânia criava oportunidades para o Brasil atrair investimentos ao oferecer segurança alimentar e energética ao mundo.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade