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Deflação ao produtor da China ganha força em maio à medida que demanda diminui

9 jun 2023 - 07h34
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Os preços nos portões das fábricas na China caíram em maio no ritmo mais rápido em sete anos, já que a demanda fraca pesou sobre o setor manufatureiro e lançou dúvidas sobre a frágil recuperação econômica.

Com o aumento das taxas de juros e com a inflação afetando a demanda nos Estados Unidos e na Europa, a China está lutando contra um forte declínio nos preços, com as fábricas recebendo menos por seus produtos dos principais mercados estrangeiros.

O índice de preços ao produtor de maio caiu pelo oitavo mês consecutivo, a uma taxa de 4,6%, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira. Esse foi o declínio mais rápido desde fevereiro de 2016 e maior do que a expectativa de queda de 4,3% em pesquisa da Reuters.

"O risco de deflação ainda pesa sobre a economia", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, em nota. "Indicadores econômicos recentes enviam sinais consistentes de que a economia está esfriando", acrescentou.

A economia da China cresceu mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre, mas indicadores recentes mostram que a demanda está enfraquecendo rapidamente com quedas das exportações, importações e atividade industrial em maio.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,2% em maio em relação ao ano anterior, acelerando em relação a um aumento de 0,1% em abril, mas abaixo da projeção de um aumento de 0,3%.

A inflação dos preços dos alimentos, um dos principais impulsionadores do índice, desacelerou para 1,0% em relação ao ano anterior, de 2,4% no mês anterior. Na comparação mensal, os preços dos alimentos caíram 0,7%.

O governo estabeleceu uma meta para os preços médios ao consumidor em 2023 em cerca de 3%. Os preços subiram 2% em 2022 na comparação com o ano anterior.

"Ainda acreditamos que um mercado de trabalho mais apertado colocará alguma pressão de alta sobre a inflação ainda neste ano, mas permanecerá bem dentro da zona de conforto das autoridades", disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics.

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