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Demanda por óleo vegetal na Índia deve recuar pela 1ª vez em décadas

30 mar 2020 - 16h57
(atualizado às 17h45)
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A demanda por óleos vegetais na Índia está a caminho de recuar pela primeira vez em décadas, com restaurantes fechando as portas para cumprir a ordem de isolamento do governo, que impôs um "lockdown" de 21 dias em todo o país para conter a propagação do coronavírus.

Linha de produção de óleo vegetal em Mundra, Índia 
10/06/2009
REUTERS/Amit Dave
Linha de produção de óleo vegetal em Mundra, Índia 10/06/2009 REUTERS/Amit Dave
Foto: Reuters

O consumo de óleos vegetais na Índia, maior importadora de insumos de cozinha do mundo, triplicou ao longo das últimas duas décadas, diante do crescimento populacional, do aumento da renda e da expansão dos restaurantes para atender a uma multidão que passou a comer fora de casa com mais frequência.

Agora, porém, a maior parte dos membros do setor e das autoridades comerciais concorda que a demanda indiana por óleos vegetais --em especial óleos de palma e soja-- vai cair abaixo dos 23 milhões de toneladas do ano passado.

O consumo no país deve recuar por pelo menos um trimestre durante o isolamento, que teve início na última terça-feira, disseram alguns comerciantes.

"Nossas estimativas iniciais sugerem que a demanda por óleo vegetal vai cair em cerca de 475 mil toneladas durante o lockdown de 21 dias", afirmou Sandeep Bajoria, presidente-executivo da importadora Sunvin Group.

Os indianos, conhecidos por seu apetite por comidas muito calóricas, como o curry, e por alimentos fritos, consomem cerca de 1,9 milhão de toneladas de óleo vegetal por mês. Os restaurantes utilizam principalmente óleo de palma, responsável por dois terços das importações de óleo vegetal do país.

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