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Dados salariais da zona do euro sustentam hipótese de corte de juros, diz autoridade do BCE

27 mar 2024 - 09h18
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O Banco Central Europeu está cada vez mais confiante de que a inflação voltará à sua meta de 2% em meados de 2025 com a moderação do crescimento dos salários, fortalecendo o argumento a favor de taxas de juros mais baixas, disse o membro do Conselho do BCE Piero Cipollone nesta quarta-feira.

O BCE sinalizou um possível corte de juros em junho dependendo de mais boas notícias sobre os salários, e os comentários de Cipollone, em seu primeiro discurso importante sobre desde que entrou para o Conselho, sugerem que o processo está indo na direção certa.

"O crescimento dos salários parece estar no caminho certo para se moderar gradualmente no médio prazo em direção a níveis compatíveis com nossa meta de inflação e crescimento da produtividade, em linha com as projeções", disse Cipollone em um evento em Bruxelas.

"À medida que aumenta nossa confiança na convergência oportuna da inflação para nossa meta, isso também fortalece o argumento para ajustar nossas taxas de juros", disse Cipollone.

Os investidores agora esperam que o BCE corte os juros em junho, mas estão divididos quanto à possibilidade de mais dois ou três movimentos antes do final deste ano.

O banco deu forte ênfase aos dados salariais do primeiro trimestre, que serão divulgados no final de maio, sugerindo que é improvável que a trajetória dos juros fique clara ainda por algum tempo.

A remuneração por empregado caiu para 4,6% no quarto trimestre, de 5,1% três meses antes, mas continua bem acima do nível de 3% que o BCE considera estar em harmonia com a inflação de 2%.

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