China apoia Brasil em resistência à "intimidação" tarifária, diz ministro das Relações Exteriores
Começa nesta quarta-feira, 6, a incidência da tarifa de 50% dos EUA sobre o Brasil
China manifesta apoio ao Brasil contra tarifas impostas pelos EUA, mesmo sem citá-las diretamente, classificando-as como intimidação e violação de normas internacionais, enquanto ambos os países reforçam cooperação bilateral.
A China apoia o Brasil na resistência ao "comportamento de intimidação" de impor tarifas excessivas, disse nesta quarta-feira o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, ao assessor especial da Presidência brasileira, embaixador Celso Amorim, em uma ligação telefônica.
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A China apoia o Brasil na proteção de seus direitos e se opõe à interferência externa "irracional" nos assuntos internos do Brasil, disse Wang, sem citar diretamente os Estados Unidos, de acordo com um comunicado divulgado por seu ministério.
"Usar tarifas como arma para reprimir outros países viola a Carta da ONU [Organização das Nações Unidas], mina as regras da OMC [Organização Mundial do Comércio] e é impopular e insustentável", disse Wang.
Segundo detalhado pelo Global Times, o embaixador brasileiro Celso Amorim respondeu a Wang dizendo que o relacionamento amigável entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Xi Jinping destaca a importância de um futuro compartilhado entre as duas nações.
Ele também declarou que o Brasil está disposto a trabalhar com a China para implementar o consenso entre os líderes e aprofundar a cooperação em comércio, finanças e outras áreas.
A tarifa de 50% impostas pelos EUA sobre o Brasil começam a valer nesta quarta-feira, 6. O presidente norte-americano Donald Trump entendeu que o País deve pagar a maior taxa do mundo. Cerca de 8,3 mil produtos serão afetados pela nova tarifa.
Ao anunciar a tarifa, Trump publicou uma carta endereçada ao presidente Lula, em sua própria rede social, citando o processo judicial que analisa a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma suposta trama golpista. Além disso, diz que o relacionamento comercial com o Brasil está "longe de ser recíproco" -- apesar dos EUA terem registrado superávit nos últimos anos. (*com informações da Reuters)
