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Chefes de bancos centrais prometem orientar investidores sobre política monetária

14 nov 2017 - 10h45
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Quatro dos principais chefes de bancos centrais do mundo prometeram nesta terça-feira continuar orientando os investidores sobre futuros movimentos de política monetária conforme retiram lentamente o estímulo monetário adotado durante a crise financeira.

Após injetarem cerca de 10 trilhões de dólares nos mercados financeiros desde a crise de 2008, levando-os a máximas recordes, o Federal Reserve, o Banco Central Europeu, o Banco da Inglaterra e o Banco do Japão estão tentando agora diminuir o dinheiro fácil sem causar danos.

Para fazer isso, as palavras serão o segredo, disseram os chefes dos quatro bancos centrais em conferência do BCE sobre comunicação.

"A orientação futura se tornou um instrumento de política monetária de pleno direito", disse Draghi em conferência do BCE. "Por que descartar um instrumento de política monetária que se provou ser efetivo?."

Draghi e seus três colegas estão em estágios bastante diferentes no processo.

O Fed caminha para sua quinta alta de juros e o banco central britânico elevou sua taxa neste mês pela primeira vez em 10 anos. Mas o BCE está reduzindo o ritmo de suas compras de títulos, enquanto o BC do Japão ainda imprime dinheiro a plena velocidade, embora tenha sinalizado que nenhum estímulo adicional é provável.

A chair do Fed, banco central norte-americano, Janet Yellen, concordou com Draghi de que a orientação tem sido benéfica "no geral", mas destacou que ela deve ser sempre vista com dependente de como a economia de fato se desenvolve.

"Toda orientação deve estar condicionada e relacionada ao cenário para a economia", disse Yellen.

O presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, afirmou que a melhor maneira é manter a mensagem clara.

"É melhor ser direto", disse ele. "Essa é a melhor maneira."

Seu colega britânico, Mark Carney, destacou a importância de alcançar o público, e não apenas os investidores.

"Estamos falando primeiro para o povo que servimos", disse Carney. "Trezentas mil pessoas leem o Financial Times; há 30 milhões de usuários do Facebook no Reino Unido."

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