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Canadense produtora de maconha medicinal estreia na Nasdaq com alta de 31,7%

Às vésperas de a planta ser legalizada no Canadá para uso recreativo, a oferta pública de ações da Tilray arrecadou US$ 153 milhões e valor de mercado chegou a US$ 1,4 bilhão

20 jul 2018 - 00h26
(atualizado às 00h29)
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Primeira produtora de maconha medicinal a fazer uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq dos Estados Unidos, a canadense Tilray encerrou o pregão de ontem com alta de 31,7%.

A Tilray, dedicada à pesquisa, cultivo, processamento e distribuição global de maconha medicinal, entrou no mercado com US$ 9 milhões em ações ao preço de referência de US$ 17. No encerramento, as ações ficaram em US$ 22,39. A empresa arrecadou US$ 153 milhões e seu valor de mercado chegou a US$ 1,4 bilhão, segundo analistas.

A Tilray se junta a outras duas gigantes canadenses do setor que já têm ações negociadas no mercado americano, porém sem terem feito IPO: Cronos, negociada na Nasdaq desde fevereiro, e Canopy, desde maio na Bolsa de Nova York. As ações dessas duas, diferentemente da Tilray, já são negociadas no mercado canadense. Para John Kagia, analista do mercado de maconha da empresa de pesquisa New Frontier data, acredita que o movimento pode dar mais credibilidade e confiança para essa indústria.

O momento em que a Tilray escolhe para entrar no mercado americano coincide com a proximidade da legalização da maconha para fins recreativos no Canadá, em outubro.

Os analistas acreditam que esse evento pode melhorar as perspectivas para as companhias americanas que têm dificuldade para entrar no próprio mercado. Essas empresas encontram também obstáculos no país vizinho. Desde outubro do ano passado, a Bolsa de Valores de Toronto impede a negociação de papéis de empresas americanas desse segmento porque pela lei federal dos Estados Unidos "é ilegal cultivar, distribuir ou possuir maconha" e transações financeiras podem ser consideradas lavagem de dinheiro, disse o presidente executivo da Tilray, Brendan Kennedy. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Estadão
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