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Bovespa fecha maio com pior desempenho mensal desde janeiro

Bolsa recua 2,25% pressionada pela queda dos bancos

29 mai 2015 - 19h23
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A bolsa brasileira caiu mais de 2% nesta sexta-feira (29), seguindo o exterior e pressionada pela queda de bancos, sem que o resultado melhor que o esperado do PIB brasileiro no primeiro trimestre animasse os investidores.

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O Ibovespa recuou 2,25%, a 52.760 pontos, e fechou maio com queda acumulada de 6,17%, no pior desempenho mensal desde janeiro. O giro financeiro do pregão somou R$ 9,9 bilhões, inflado por mudança na carteira do índice MSCI Brazil, que passou a vigorar após o fechamento.

As bolsas norte-americanas recuaram, após a economia dos Estados Unidos contrair no primeiro trimestre, e as europeias fecharam no vermelho, com sinais conflitantes sobre as negociações relativas à dívida da Grécia.

Apesar de a economia brasileira ter apresentado um desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre, com recuo de 0,2% ante estimativa de contração de 0,5%, o mercado não se animou, já que o resultado ainda indicou atividade econômica fraca.

Investidores digeriram ainda o impacto de decisões da véspera do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre os bancos, que exerceram a maior pressão negativa sobre o Ibovespa na sessão.

A bolsa brasileira caiu mais de 2% nesta sexta-feira
A bolsa brasileira caiu mais de 2% nesta sexta-feira
Foto: Nacho Doce (BRAZIL - Tags: BUSINESS IMAGES OF THE DAY) - RTR2PMA2 / Reuters

Destaques

Qualicorp teve a maior queda percentual do índice, de quase 20%, após o jornal O Globo publicar que o presidente do Conselho de Administração da empresa, José Seripieri Filho, estaria em uma lista de pessoas incluídas em uma operação da Polícia Federal de combate à lavagem de dinheiro. A Qualicorp, administradora de benefícios de saúde, negou a informação.

Itaú Unibanco e Bradesco recuaram 2,47% e 2,69%, respectivamente, após a elevação da alíquota do compulsório sobre depósitos a prazo de 20% para 25%. "Não é uma coisa grande, mas é mais uma medida neste mês em cima do setor financeiro. Estamos tendo um mês bastante complicado para o setor, com o aumento da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) e um comentário geral sobre um possível fim dos juros sobre capital próprio", disse o economista da Elite Corretora, Hersz Ferman.

CSN caiu 6,24%, dando continuidade ao movimento da véspera, quando recuou quase 7%, contaminada pelo declínio do preço do minério de ferro e com redução de recomendação do BTG Pactual. O minério com entrega imediata no porto de Tianjin, na China, recuou 1,4% nesta sexta-feira, para US$ 61,40 por tonelada.

Cyrela avançou 0,83%, entre as poucas altas do dia, após o Conselho Monetário Nacional (CMN) liberar a utilização pelos bancos de parte do depósito compulsório relacionado à poupança imobiliária para a realização de novas operações de financiamento habitacional, potencialmente liberando R$ 22,5 bilhões para o setor. "Positivo para as construtoras, pois haverá mais crédito para a compra do imóvel", disse a Elite Corretora em nota a clientes.

Estácio subiu 2,23% após a coluna Radar, no site da Revista Veja, afirmar que o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, anunciou a um grupo de deputados que o Ministério da Educação vai liberar R$ 1,1 bilhão para quitar débitos do Fies.

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