Bolsas europeias caem majoritariamente após PIB chinês e à espera de novo Brexit
As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa na manhã desta segunda-feira, na esteira de novos sinais de desaceleração da China e à espera do novo plano para o Brexit da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May.
Durante a madrugada, a China divulgou que seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,6% em 2018, o resultado mais fraco desde 1990. O resultado veio em linha com a meta do governo chinês para o ano passado, de expansão em torno de 6,5%, mas evidencia a necessidade de que Pequim continue oferecendo amplos estímulos à segunda maior economia do mundo.
A partir das 12h30 (de Brasília), May apresenta no Parlamento britânico seu "plano B" para o Brexit, como é conhecido o processo para retirar o Reino Unido da União Europeia. A proposta original, que May fechou em conjunto com líderes da UE, foi rejeitada pela esmagadora maioria dos legisladores na semana passada.
Continua no radar também o andamento das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. No sábado (19), o presidente americano, Donald Trump, afirmou que um acordo comercial entre Washington e os chineses "pode muito bem acontecer", mas negou relatos da semana passada de que os EUA estariam considerando suspender tarifas impostas a produtos da China.
Os negócios na Europa tendem a ter menor liquidez hoje devido ao feriado de Martin Luther King nos EUA, que manterá os mercados americanos fechados.
Já a agenda europeia de indicadores trouxe apenas a inflação ao produtor da Alemanha, cuja taxa anual desacelerou de 3,3% em novembro para 2,7% em dezembro. Analistas previam queda menor da taxa, a 2,9%.
Às 7h43 (de Brasília), a Bolsa de Frankfurt caía 0,43%, a de Paris recuava 0,17%, a de Milão cedia 0,68% e a de Madri perdia 0,19%. Por outro lado, o mercado de Londres tinha alta de 0,17% e o de Lisboa subia 0,20%. No câmbio, o euro avançava levemente a US$ 1,1368, de 1,1365 no fim da tarde de sexta-feira, mas a libra se enfraquecia a US$ 1,2837, de US$ 1,2864.
No noticiário de empresas, destaque para o grupo varejista francês Casino Guichard-Perrachon, que no Brasil controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA). Entre sábado e hoje, o Casino anunciou a venda de supermercados e hipermercados em negócios avaliados em cerca de 602 milhões de euros. Com isso, o varejista atingiu sua meta de se desfazer de 1,5 bilhão de euros em ativos. Em Paris, a ação do Casino subia quase 1% por volta das 7h30 (de Brasília). Com informações da Dow Jones Newswires.
