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BC divulga diretrizes para desenvolvimento de moeda digital brasileira

24 mai 2021 - 10h29
(atualizado às 13h14)
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O Banco Central divulgou nesta segunda-feira as diretrizes que devem ser adotadas no potencial desenvolvimento de uma moeda digital brasileira emitida pelo próprio BC, com previsão de uso em pagamentos de varejo.

Banco Central em Brasília
 16/5/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Banco Central em Brasília 16/5/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

De acordo com a autarquia, a ideia é que a moeda digital funcione como uma extensão do real. Ela será distribuída ao público pelos bancos e fintechs, que terão a custódia do ativo, mas será 100% garantida pelo BC e não será remunerada --as instituições não poderão usar esses recursos para aplicações ou empréstimos, como acontece com o real.

Os correntistas deverão ter a alternativa de escolher manter seus recursos em depósitos em reais ou reais digitais. A principal diferença para o usuário é que a moeda digital terá mais possibilidades de integração com novas tecnologias e serviços de pagamento.

"No real digital, esperamos que ele fomente a criação de novos negócios, facilite a integração com novas tecnologias, então ele vai prestar serviços diferentes do que o real pode prestar. Essa seria a motivação para você manter o real no seu formato digital e não no formato físico atual", afirmou o coordenador dos trabalhos sobre moeda digital no BC, Fabio Araujo.

A expectativa é que até o final do próximo ano o país esteja em condições de lançar o real digital, mas o cronograma efetivo de implementação dependerá do andamento de outros instrumentos da agenda de inovação do BC, como o Pix e o open banking, disse Araujo.

Ele explicou que, diferentemente dos criptoativos como os bitcoins --que têm características de ativos, mas não de moeda--, o real digital será de fato uma moeda, sendo usada como meio de troca e reserva de valor e unidade de conta.

A princípio o real digital será usado para a realização de operações online, mas, com a evolução da tecnologia, poderá eventualmente funcionar também offline.

O BC ainda não definiu se adotará a tecnologia blockchain no real digital. A diretriz que trata de tecnologia estabelece que a solução adotada deve garantir interoperabilidade e integração, permitindo a realização de pagamentos no exterior, e também resiliência e segurança cibernética, atendendo a todas as recomendações internacionais relativas à prevenção do terrorismo e da lavagem de dinheiro.

Araujo disse que o BC pretende agora discutir as diretrizes lançadas para o real digital em seminários abertos ao público que devem começar em um a dois meses.

"É importante ressaltar que as diretrizes aqui apresentadas tratam do entendimento atual do BC em relação ao tema, a fim de direcionar a discussão no âmbito nacional", disse o BC em nota.

"Dados o estágio e a dinâmica das discussões e dos desenvolvimentos sobre o tema em nível mundial, o BC poderá reavaliar seu posicionamento à medida que as discussões evoluam."

Araujo afirmou que o BC tem estado em contato com os outros países no mundo que já têm projetos-pilotos de moedas digitais emitidas pelos bancos centrais (CBDC, na sigla em inglês), como Bahamas, que lançou sua moeda digital em outubro, e China, que também fez o lançamento em algumas cidades.

Segundo Araujo, estudos internacionais mostram que a tendência é que a moeda digital aumente a potência da política monetária, na medida em que dá ao BC mais um mecanismo de provisão de liquidez.

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