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Azul diz ter crescido o suficiente em Guarulhos e não espera aumentar presença

14 out 2019 - 13h59
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O vice-presidente de Receitas da Azul, Abhi Shah, afirmou nesta segunda-feira, 14, que a empresa não pretende continuar aumentando sua presença no Aeroporto de Guarulhos (SP). Em apresentação no Azul Investor Day, o executivo destacou que o crescimento recente no maior aeroporto brasileiro já foi suficiente para as principais necessidades da aérea: fortalecer rotas ao viajante corporativo e se tornar mais relevante aos seus parceiros internacionais, como a americana United.

"Continuamos muito forte nas rotas que já voamos, nossa estratégia não mudará", reiterou Shah.

Em sua apresentação, o executivo ressaltou ainda que os acordos de interline (que permitem a comercialização de passagens para destinos atendidos por outras empresas) ganharam relevância nos últimos anos e que, hoje, são capazes de gerar tanto tráfego quanto os acordos de codeshare (que permitem que uma empresa transporte passageiros de sua parceira).

Sobre o mercado corporativo, o vice-presidente de Receitas afirmou que a empresa tem mostrado bom desempenho, embora suas concorrentes tenham sido as principais beneficiadas nesse segmento com a extinção da Avianca Brasil.

Segundo ele, o segmento corporativo deve ganhar fôlego extra com a chegada dos E2, da Embraer, à frota da Azul.

Programa de fidelidade

O diretor financeiro da Azul, Alexandre Malfitani,spin-off reiterou que a empresa não tem intenção de fazer um "" do seu programa de fidelidade, o TudoAzul. No Azul Investor Day, o executivo afirmou que, "como seus concorrentes já perceberam", esse tipo de separação traz conflitos de interesse e ineficiências tributárias.

Malfitani avaliou ainda que o TudoAzul é um dos "ativos escondidos", que ainda não estão bem precificados pelo mercado. "É um negócio de forte crescimento e de margens elevadas, do qual a Azul detém 100%", afirmou.

De acordo com a empresa, o TudoAzul atingiu 18% de market share do mercado em 2018, ante 42% da Multiplus (hoje, Latam Pass) e 40% da Smiles, se considerado o faturamento bruto com a venda de pontos (excluindo as vendas à companhia aérea). Em 2014, a fatia do TudoAzul somava 8%, contra 62% da Multiplus e 34% da Smiles.

Em sua apresentação, Malfitani destacou também o potencial de crescimento do Azul Cargo, outro segmento que a empresa pode extrair lucratividade com baixo investimento, já que o transporte de cargas é feito principalmente nos porões das aeronaves de passageiros. Segundo o executivo, a expansão do Azul Cargo pode triplicar no futuro, e isso sem considerar o aumento da frota da Azul.

Joint venture

O vice-presidente de Receitas da Azul reafirmou também que a aérea ainda está em conversas sobre integrar a joint venture entre Copa, United e Avianca. Segundo ele, não há data para que uma decisão seja tomada. "Pode acontecer ou não, dependerá das condições para nossa entrada", afirmou, durante o Azul Investor Day.

O executivo lembrou ainda que a aérea anunciou recentemente um acordo de codeshare com a Avianca Holdings.

Pelo acordo, os passageiros da Avianca poderão acessar 27 destinos no Brasil, enquanto os clientes Azul terão disponíveis mais 76 destinos nas Américas do Norte, Central, do Sul e Europa.

Estadão
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