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Ações fecham em queda com investidor reagindo a ameaça tarifária de Trump contra China

6 mai 2019 - 17h33
(atualizado às 18h11)
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As principais bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em queda nesta segunda-feira, após o presidente do país, Donald Trump, ameaçar elevar tarifas sobre produtos chineses. Mas o mercado reduziu boa parte das perdas, com ações do setor de saúde em alta e alguns investidores permanecendo confiantes em um eventual acordo comercial.

Operadores na Bolsa de Valores de Nova York 
24/04/2019
REUTERS/Brendan McDermid
Operadores na Bolsa de Valores de Nova York 24/04/2019 REUTERS/Brendan McDermid
Foto: Reuters

Trump disse que tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses aumentariam de 10 para 25 por cento, revertendo a decisão anunciada em fevereiro de mantê-las em 10 por cento, quando Estados Unidos e China davam sinais de entendimento nas negociações comerciais.

A China disse nesta segunda-feira que uma delegação ainda está se preparando para ir aos EUA, mas não mencionou se o vice-primeiro-ministro Liu He, principal representante do país nas negociações, fará parte da equipe como originalmente planejado.

A ameaça de Trump inflamou temores de uma desaceleração no crescimento global, que chacoalhou os mercados em diversos momentos no ano passado.

"Parece uma posição de negociação", disse David Lefkowitz, estrategista sênior de ações para as Américas na UBS Global Wealth Management em Nova York. "Nosso cenário-base ainda é que China e Estados Unidos cheguem a um denominador comum."

"A probabilidade de que haja um resultado negativo provavelmente subiu um pouco, mas quantificar isso é difícil", acrescentou.

Na mínima da sessão, o S&P 500 caiu 1,6 por cento, enquanto os rendimentos dos Treasuries cederam, conforme investidores se voltaram para títulos do governo, considerados de baixo risco.

As ações da Boeing, maior exportador dos EUA para a China, caíram 1,3 por cento. Os fabricantes de chips, que recebem uma parte considerável de suas receitas do país asiático, também perderam terreno. O índice Philadelphia de semicondutores recuou 1,7 por cento. As ações da Apple, também sensíveis a sinais de fraqueza na China, caíram 1,5 por cento.

No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,25 por cento, para 26.438,48 pontos. O S&P 500 perdeu 0,45 por cento, para 2.932,47 pontos. O Nasdaq Composto caiu 0,5 por cento, para 8.123.29 pontos.

No entanto, os principais índices acionários recuperaram grande parte de suas perdas ao longo da tarde, já que alguns investidores permaneceram esperançosos de que um acordo comercial será alcançado em breve.

A alta nas ações do setor de saúde ajudou a compensar as perdas decorrentes do noticiário comercial. Na Sohn Investment Conference nesta segunda-feira, o presidente da Glenview Capital Management, Larry Robbins, se disse favorável ao segmento.

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