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Vilões na Bíblia, antigos filisteus vieram da Europa, mostra DNA

3 jul 2019 - 19h33
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Os antigos filisteus, os vilões bíblicos cujas origens intrigam acadêmicos há décadas, foram para o Oriente Médio do sul da Europa mais de 3 mil anos atrás, mostraram novos testes de DNA. 

Estudantes de arqueologia desenterram achados em escavações no primeiro cemitério de filisteus em Israel. REUTERS/Amir Cohen
Estudantes de arqueologia desenterram achados em escavações no primeiro cemitério de filisteus em Israel. REUTERS/Amir Cohen
Foto: Reuters

As descobertas genéticas vieram de esqueletos desenterrados por arqueólogos em Israel em 2016, incluindo ossos de crianças enterrados sob casas de filisteus, escreveram os arqueólogos em um artigo publicado nesta quarta-feira. 

O grupo é regularmente retratado como o inimigo do povo de Israel em textos bíblicos. O gigante Golias era um filisteu, assim como Dalila, que traiu o legendário guerreiro Sansão. 

Graças à má reputação, o nome dos filisteu se torno um sinônimo de grosseria, ignorância e hostilidade à cultura. 

Mas com toda sua proeminência, o lugar de onde eles vieram antes de se assentarem na costa do que é hoje o sul de Israel e Gaza, ainda continuava um mistério. 

Teorias variavam em afirmar que seus ancestrais eram originários do Mar Egeu, do norte da região do Levante, ou ainda de uma cultura local. 

"Nosso estudo mostrou pela primeira vez que os filisteus imigraram para essa região no século XII a.C.", disse Daniel Master, diretor da expedição Leon Levi a Ascalão, cidade costeira onde o primeiro cemitério filisteu foi encontrado. 

"Não comprovamos isso ao mostrarmos estilos similares de cerâmica, nem ao examinarmos textos, mas ao examinarmos o DNA das pessoas", disse Master. "Podemos ver em Ascalão o novo DNA vindo de populações imigrantes, o que muda toda essa região". 

A equipe de Ascalão enviou mais de 100 amostras de esqueletos para o Instituto Max Plack de Ciências da História Humana, na Alemanha. DNA foi encontrado em dez indivíduos, particularmente nos ossos da parte interna da orelha, que preservaram o material por mais de milhares de anos.  

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