Vera Fischer relembra que foi afastada de escola por história que envolve sexo, drogas e Beatles
Atriz contou episódio em que foi punida por história texto polêmico que virou escândalo entre colegas
A atriz Vera Fischer, de 72 anos, relembrou no programa Sem Censura um episódio de infância em Blumenau, SC, onde foi suspensa após escrever uma história polêmica sobre os Beatles envolvendo sexo e drogas.
A atriz Vera Fischer, de 72 anos, relembrou um episódio marcante de sua infância em Blumenau, Santa Catarina, que envolveu sua paixão pelos Beatles, criatividade precoce e uma suspensão escolar. Durante participação no programa Sem Censura, da TV Brasil, apresentado por Cissa Guimarães nesta segunda-feira, 7, Vera contou que foi afastada do colégio após escrever uma história de ficção que envolvia sexo, drogas e rock’n’roll — tudo girando em torno dos integrantes da banda britânica.
“Meus pais eram protestantes luteranos, e eu estudava em um colégio para meninas chamado Colégio Sagrado da Família de Freiras. Eu adorava as freiras, elas me adoravam. Eu vendia santinho, comprava santinho, vendia santinho na escola”, lembrou. Apesar do ambiente tradicional, Vera e duas amigas, Helen e Glória, compartilhavam um entusiasmo incomum pelas novidades culturais da época. “Nós três cantávamos parabéns no dia do aniversário do Paul McCartney, fazíamos bolo e cantávamos", contou.
Foi nesse contexto que surgiu a redação que causaria polêmica. Intitulada Uma visita a Londres, a história foi escrita à mão em cadernos escolares e começou de maneira inocente: “Era como uma redação bobinha. A gente tinha ido pra Londres, encontrado os Beatles, visitado Liverpool, assistido a um show deles", disse.
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No entanto, o enredo tomou outro rumo. “Depois, a gente foi todo mundo pra um hotel. Começamos a tomar LSD, muitas drogas. A gente transava com todo mundo, um com o outro. Era uma felicidade brutal!”, relatou Vera. Ela ainda incluiu nomes de meninos de um colégio de padres da cidade: “Que eles foram com a gente. Depois que fizemos tudo isso, voltamos felizes para o Brasil. Era uma história completamente louca.”
O conteúdo começou a circular entre as alunas. “Esse caderno começou a circular de carteira em carteira. As meninas queriam ler. Elas ficavam assim, em choque. Era um escândalo, né?”, contou. A repercussão chegou rapidamente às freiras, que chamaram os pais da jovem.
“Me lembro até hoje: pareciam uns 12 pinguins na sala. Meus pais, esbugalhados. Minha mãe perguntando: ‘Como assim, drogas? Sexo? Você nem sabe o que é isso!’ Falei: ‘Mãe, eu leio. Eu sei que isso é moderno. Não sei se eles fazem ou não, mas eu quis participar. Eu quis chamar atenção pros Beatles. Porque eu sou moderna. Eu sou moderna’", recordou, entre risos.
O resultado foi uma suspensão. “Meu pai ficou menos abalado. Minha mãe, horrorizada", concluiu.