O que poderá mudar no ‘JN’ com Tralli no lugar de Bonner e a nova editora-chefe
Apresentadores têm perfis diferentes e Globo ganha a oportunidade de modernizar seu principal telejornal
César Tralli se tornou o preferido para suceder a William Bonner no ‘Jornal Nacional’ após outros candidatos saírem do páreo.
Entre eles, Rodrigo Bocardi (demitido em janeiro), Dony De Nuccio (se demitiu em 2019) e Evaristo Costa (desligamento voluntário em 2017).
Na Globo desde 1993, Tralli manteve a alma de repórter. Ele conversa diariamente com fontes. Possui trânsito privilegiado nas cúpulas das principais polícias do país.
É comum que, mesmo fora de seu horário de trabalho, apure informações e transmita para colegas que estão ao vivo.
Está sempre em busca do ‘furo’, a notícia exclusiva no jargão jornalístico, e se dedica ao jornalismo investigativo. Este é seu maior diferencial na comparação com outros apresentadores de telejornal.
Bonner, por exemplo, nunca foi repórter de rua e não tem essa rotina de conversar com políticos, secretários de governo, ministros, policiais e outras autoridades.
O perfil de Tralli deverá fazer bem ao ‘JN’, que precisa urgentemente se destacar em relação ao noticiário que a internet publica antes da TV e apresentar uma análise aprofundada dos fatos. Faz tempo que está engessado.
Benquisto por todos no canal, o futuro âncora do principal telejornal da Globo terá o apoio da nova editora-chefe, Cristiana Sousa Cruz. Assim como Tralli, ela tem ampla experiência do trabalho em campo, inclusive no escritório da emissora em Nova York.
O apresentador estreou na bancada do ‘JN’ em janeiro de 2018, cobrindo folgas e férias. Ele deixará o ‘Jornal Hoje’ e o ‘Edição das 18h’ da GloboNews, transmitidos da sede paulistana da Globo, para dar expediente no complexo do jornalismo no Jardim Botânico, no Rio.
No dia 3 de novembro, ele estará no cenário do telejornal líder de audiência no país para receber as boas-vindas de Bonner e da nova colega de trabalho, Renata Vasconcellos.