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Novo chefão das novelas da Globo mexe com ego de autores

10 dez 2014 - 09h42
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Foto: Luciano Vicioni/TV Globo
Foto: Luciano Vicioni/TV Globo
Foto: Sala de TV

A troca de Drica Moraes por Marjorie Estiano no papel de Cora, em Império, foi decidida não apenas pelo autor Aguinaldo Silva e o diretor-geral Rogério Gomes. O novo todo poderoso das novelas da Globo, Silvio de Abreu, comandou o processo.

Ele acumula a direção do Núcleo de Dramaturgia Diária e a chefia do Fórum de Teledramaturgia. Na prática, é quem passa a decidir quais sinopses têm potencial para virar novela ou minissérie. Possui liberdade para recusar uma trama, ainda que seja de um autor tão famoso quanto ele próprio.

Alguns colegas do novelista ficaram incomodados com sua ascensão na emissora. Até a recente reforma feita na cúpula da Globo, os medalhões da teledramaturgia não precisavam ter seus projetos avaliados. A aprovação era automática. Agora precisam submeter as propostas de novelas ao crivo de Silvio de Abreu.

Há uma concorrência acirrada entre os autores. Um quer gerar mais audiência e repercussão popular do que o outro. Uma verdadeira guerra de egos às vezes discreta, às vezes explícita.

O novo chefão da teledramaturgia da Globo passou um recado importante: nada de tramas mirabolantes que tentem reinventar a linguagem da telenovela. Experimentos como Além do Horizonte e Geração Brasil mostraram que o público resiste às inovações.

O êxito da atual produção das 19h, Alto Astral, corrobora essa determinação. Escrita por Daniel Ortiz, com supervisão do próprio Silvio de Abreu, a novela apresenta tramas simples e recheadas de clichês. Essa volta ao básico deu certo: em pouco mais de um mês no ar a novela aumentou em 3 pontos a audiência média do horário.

Autor de sucessos como Guerra dos Sexos (1983), Rainha da Sucata (1990) e A Próxima Vítima (1995), Silvio de Abreu também sofreu na tentativa de ousar. Tramas como Torre de Babel (1998) e As Filhas da Mãe (2001) foram rejeitadas pelos noveleiros e patinaram no Ibope.

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