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André di Biasi: "posso fazer qualquer tipo de personagem"

O ator ficou conhecido por interpretar o surfista Lula em 'Armação Ilimitada'

19 dez 2014 - 15h56
(atualizado às 16h06)
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<p>Andr&eacute; Di Biasi fala sobre o atual trabalho e seu passado na TV</p>
André Di Biasi fala sobre o atual trabalho e seu passado na TV
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias / TV Press

André de Biase é a prova de que, mesmo com muito tempo de carreira, atores ainda podem ser surpreendidos em seus trabalhos. Após vários personagens leves e cômicos, ele encontra, pela primeira vez, um tipo dúbio. Em Vitória, da Record, André interpreta Dante, um professor de matemática que já teve um passado neonazista. "Caiu no meu colo esse personagem. Tive até certa dificuldade de encontrá-lo", admite.

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Para ajudá-lo no processo de composição, o ator participou de diversos "workshops" sobre nazismo. Além disso, procurou se inteirar de como se dá a relação entre professores e alunos nos dias de hoje. "É outro tipo de ensino. Uma coisa completamente diferente do que estava na minha memória afetiva", explica.

Com uma extensa carreira na TV, André ficou conhecido na década de 1980 por interpretar o surfista Lula em Armação Ilimitada, ao lado de Kadu Moliterno, que dava vida a Juba. O seriado marcou uma década e também a teledramaturgia brasileira. "Não sou um cara saudosista. Mas olho para trás com muito carinho. Foi uma época muito boa", afirma. Por isso, o ator decidiu relembrar esses momentos. André está produzindo A Última Aventura. O longa – com um "quê" de autobiografia – vai contar a história de dois grandes amigos, André e Kadu, que não se encontram há muito tempo e decidem fazer uma viagem juntos. "Estou muito ansioso para esse projeto. Devemos começar a rodar no segundo semestre do ano que vem", antecipa, animado.

Você estava longe das novelas desde 2010, quando atuou em Ribeirão do Tempo. Foi uma decisão sua se afastar dos folhetins?

Nesse meio tempo, fiz dois especiais de fim de ano e também um episódio de Milagres de Jesus. Foi uma opção minha pegar projetos mais curtos. Mas estava com saudade das novelas. O que aconteceu é que tive um personagem muito marcante em Ribeirão do Tempo, o Ari Jumento. E eu tenho essa tendência de ficar marcado pelos meus personagens, como aconteceu com o Vinícius, de Malhação, e com o Lula, de Armação Ilimitada. Então, acho importante dar um tempo para que o público apague essa "marca". 

Ficar marcado por algum personagem incomoda? 

Não chega a incomodar. Tenho muito orgulho de fazer tipos que ficam no imaginário do público. Mas acho que é fundamental dar um tempo deles para mergulhar em outro projeto. 

Na sua carreira, você teve longos períodos interpretando os mesmos personagens, como em Armação Ilimitada, Malhação e na saga Os Mutantes. Como você encara esses ciclos?

Armação Ilimitada aconteceu na época mais criativa da minha vida. Eu e o Kadu (Moliterno) escrevíamos juntos, pensávamos juntos. Era muito gostoso ter aqueles personagens nas nossas mãos. Em Os Mutantes, eu estava no meu primeiro trabalho com a Record. Impressionado com a estrutura da emissora, colhendo frutos de estrear na novela que teve o recorde de audiência da casa. Foram momentos pontuais e muito bons. Já Malhação teve lados bons e ruins. Foram seis anos. Foi muito legal para uma geração nova me conhecer, mas é muito desgastante ficar tanto tempo em um só projeto. 

Ficar tanto tempo em Malhação ocasionou na sua saída da Globo. Em sete anos de Record, você acredita que encontrou uma gama maior de personagens para interpretar? 

Com certeza! Aqui, fiz grandes personagens. A Globo tem um problema de sempre encaixar os mesmos atores para os mesmos tipos de papéis. Na Record, isso não acontece. Aqui, posso desempenhar esse lado mais camaleônico, que é o que eu gosto. Gosto de arriscar porque sei que posso fazer qualquer tipo de personagem.

Fora a TV, você também segue com uma carreira no cinema. Existe algum projeto para voltar às "telonas"?

Estou produzindo um filme chamado A Última Aventura. Vai marcar o meu reencontro com o Kadu na dramaturgia. Esses dois personagens, que vão chamar André e Kadu, são amigos de longa data que não se veem há anos. Então, eles se reencontram para uma última grande aventura. A ideia já existe há algum tempo, mas foi um ano difícil, com Copa do Mundo, eleições... O objetivo é que a gente entre no "set" de filmagens no segundo semestre de 2015. 

Vitória – Record – De segunda a sexta, às 21h30.

Fonte: TV Press
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