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Lucinha Lins se diz com fôlego de iniciante na carreira

Com 35 anos de carreira na TV, a atriz afirma que está longe de diminuir o ritmo de seus trabalhos

29 dez 2014 - 13h11
(atualizado às 13h12)
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<p>"Acho que ainda sou muito jovem. Consigo segurar o tranco", se orgulha Lucinha, que se divide entre a TV e o teatro</p>
"Acho que ainda sou muito jovem. Consigo segurar o tranco", se orgulha Lucinha, que se divide entre a TV e o teatro
Foto: Isabel Almeida/Carta Z Notícias / TV Press

Aos 61 anos, Lucinha Lins é do tipo de pessoa que nem pensa em parar de trabalhar. A atriz, que interpreta a doce Zuzu em Vitória, da Record, estreou na tevê em 1979, na série Plantão de Polícia, de Aguinaldo Silva e exibida pela Globo. De lá para cá, foram muitas personagens: de amiga a mãe, de filha a avó. Todas elas são guardadas com carinho na memória de Lucinha.

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''Fiz trabalhos excelentes que deixaram marcas muito positivas na minha carreira'', valoriza. Foram tantos trabalhos na tevê que, neste ano, ela esteve no ar em três emissoras diferentes. Ao mesmo tempo em que a novela de Cristianne Fridman é transmitida pela Record, o SBT reexibe Esmeralda e o canal a cabo Viva reprisa A Viagem, novela de Ivani Ribeiro, que, segundo a atriz, foi um marco em sua trajetória. ''Foi um fenômeno. E é de novo a cada reprise. Guardo as lembranças com um carinho muito especial'', afirma.

Vitória é o terceiro encontro de Lucinha Lins com o texto de Cristianne Fridman. Em Chamas da Vida e em Vidas em Jogo, ambas com assinatura da autora, ela teve papéis centrais. Mas é no trabalho atual que considera ter encontrado seu maior desafio na emissora. Zuzu, sua personagem, sofre com o Mal de Alzheimer. ''É uma maravilha ter isso nas mãos. Mas me deixa muito nervosa. Não sei até que ponto a doença vai se desenvolver'' garante. A inquietação profissional faz com que estar só na novela não seja o bastante para Lucinha. Paralelamente, ela ainda viaja com a peça ''Palavra de Mulher''. Ao lado de Tânia Alves e Virgínia Rosa, o espetáculo gira em torno do repertório do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda. ''É uma loucura. Gravo de segunda a sexta e viajo nos finais de semana. Mas ainda sou jovem. Seguro o tranco'', garante, entre risos.

Em Vitória, sua personagem sofre com o Mal de Alzheimer. Como você se preparou para isso?

Li bastante e vi muitos filmes para me ajudar a entender essa doença. Também tive a ajuda de uma médica que está dando assessoria para a Cristianne Fridman escrever as cenas. Tive todo o respaldo para construir essa personagem. Mas, ainda assim, foi um processo muito complicado.

Por quê?

Acho que é o maior desafio da minha carreira. É uma virada de personagem muito grande. A Zuzu era uma mulher solar, ativa, casada, com filhos e netos. E começa a desenvolver essa doença. É difícil representar uma pessoa assim. Ela não é uma louca, que é um tipo até mais fácil de fazer. Ela tem esquecimentos, confusões. E vai assim até os neurônios se apagarem completamente e ela esquecer o que é ser humana. É uma maravilha ter esse papel na mão, mas me deixa muito nervosa. Preciso desenvolver uma medida porque a doença se desenvolve de maneira diferente para as pessoas.

Neste ano, além de Vitória, você esteve no ar em Conselho Tutelar, também da Record, e nas reprises de Esmeralda, pelo SBT, e A Viagem, pelo canal a cabo Viva. Como foi se ver em múltiplas produções?

É engraçado porque poucos atores têm a oportunidade de estar no ar em tantas emissoras e em momentos tão distintos da carreira. Foi bastante inusitado. Mas foi uma delícia, são personagens muito diferentes. Em Vitória, tem toda essa carga emocional. Em Conselho Tutelar era uma louca, psicopata, que agredia a filha adotiva. A Viagem foi um dos trabalhos mais especiais da minha carreira. Aconteceram coisas estranhas, tinha uma energia muito grande no ar, por causa da temática espírita. E, em Esmeralda, atuei ao lado do meu filho Claudio Lins. Foi uma delícia. São quatro trabalhos excelentes que deixaram marcas muito boas na minha carreira.

Com tantos anos de carreira e tantos trabalhos no currículo, o que ainda motiva você a entrar em novas produções?

Oportunidades, convites inegáveis, energia… Acho que ainda sou muito jovem. Consigo segurar o tranco. E o ator precisa se mostrar. No dia que eu não puder me mostrar, vou sofrer muito. Tenho 61 anos e ''ralo'' desde os 17. Parar, no meu caso, é muito estranho porque tenho uma vida ativa. Quando aparece um buraco entre um trabalho e outro, primeiro, fico aliviada. Na semana seguinte, já me sinto inútil. Não me dou ao direito de férias longas.

Fora a tevê, você ainda segue em cartaz com o Palavra de Mulher no teatro. Como faz para conciliar?

Me mato (risos). Viajo todo final de semana. Durante a semana, tem a novela, tem marido, filhos, netos. Existem fases mais sobrecarregadas mesmo. Mas sou uma mulher como qualquer outra, que se vira como pode. E me encontro muito no teatro. A peça é em cima do repertório do Chico Buarque. Fizemos uma belíssima temporada em São Paulo e estamos desde janeiro rodando o país. E espero seguir nesse ritmo no próximo ano.

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Fonte: TV Press
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