Taís Araújo adere à campanha sobre racismo do Canal Philos
#PrecisamosFalarSobreRacismo mostra depoimentos de quem sente a discriminação no dia a dia
Explícito, dissimulado ou inconsciente, o racismo faz parte do cotidiano dos brasileiros, mesmo que os negros formem 54% da população do País.
Antes ignorada ou tratada sem a devida importância na imprensa, a discriminação está sendo cada vez mais discutida na TV.
Na quinta-feira (10), Fátima Bernardes fez um especial em seu ‘Encontro’ sobre o tema, com a presença da professora aposentada Diva Guimarães – ela fez o ator Lázaro Ramos chorar ao dar um depoimento emocionado sobre preconceito na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty).
Há três semanas, Caco Barcellos e sua equipe do ‘Profissão Repórter’ mostraram o racismo no cotidiano e no esporte.
Agora chegou a vez do Canal Philos (NET, Vivo e Globo.com), criado pela Globosat, abordar o combate à discriminação com o lançamento da campanha #PrecisamosFalarSobreRacismo.
Uma série de vídeos, disponível no YouTube e na fanpage do canal, dá voz a anônimos que sentem na pele a intolerância racial naquele que é considerado o País mais miscigenado do planeta.
A campanha também marca a chegada ao catálogo do Philos do premiado documentário ‘Eu Não Sou Seu Negro’, do diretor Raoul Peck.
O filme, indicado ao Oscar deste ano, destaca um manuscrito inacabado do escritor e ativista James Baldwin (1924-1987), negro e gay, em reflexão a respeito da luta pelos direitos civis dos afrodescendentes americanos.
É possível assistir no Philos outras duas obras que discutem o racismo: o documentário ‘Black Lives Matter’ (Vidas Negras Importam, em tradução livre), sobre o ativismo contra a desigualdade racial, e a série em dois episódios ‘Os Panteras Negras’, a respeito do polêmico grupo que se destacou na luta racial nos Estados Unidos.
A atriz e apresentadora Taís Araújo apoia a campanha #PrecisamosFalarSobreRacismo. Estrela de novelas da Globo e integrante do quarteto do ‘Saia Justa’, no GNT, ela gravou um vídeo para o Philos.
Na gravação, diz que a população negra brasileira “vive à margem” das oportunidades. “Isso deságua nessa sociedade desigual e violenta que a gente tem”, afirma a artista-ativista.
“Se a gente quiser melhorar nossa vida, a gente vai ter que olhar para o povo negro”, diz. “Essa melhora vem a partir de olhar o outro com humanidade. É um exercício, porque nosso País foi construído em cima do racismo.”
Confira o vídeo com Taís Araújo nas redes sociais do canal Philos.