Ator de 'Bela, A Feia' ganha destaque com papel de gago e tímido
- Arcângela Mota
- Direto do Rio
Rafael Primot não pode ser considerado um novato na TV. Mas, mesmo com três novelas e um seriado no currículo, o ator de 27 anos considera seu trabalho em Bela, A Feia uma estreia. Na trama da Record, ele interpreta o divertido Ícaro, um gago e tímido funcionário do salão Montezuma, que abriga o principal núcleo cômico da história. "Não tive muita oportunidade de crescer nas outras novelas que fiz. Bela tem sido diferente porque pude construir um personagem com calma e mostrar meu potencial. É como se fosse meu primeiro trabalho", avaliou o bem-humorado ator, que já atuou nas novelas Começar de Novo, Cidadão Brasileiro e Sete Pecados, além do seriado Carandiru, Outras Histórias.
Rafael confessa que sua maior dificuldade, ao contrário do que muitos imaginam, não é trabalhar a gagueira do personagem, e sim o seu lado engraçado. "É uma comédia muito carregada nas tintas. Batalho o tempo todo para achar o tom certo", valorizou. Com disposição de sobra para trabalhar, o ator, dono de uma carreira diversificada no cinema e no teatro, também se desdobra nas funções de diretor, produtor e roteirista. "Não sou uma pessoa de esperar muito. Corro atrás das histórias que quero contar e crio os meus próprios trabalhos", contou ele, que já ganhou 23 prêmios dentro e fora do Brasil por seus trabalhos no cinema.
Nome: Rafael Amaral Primot.
Nascimento: 16 de maio de 1981, em Itapeva, no interior de São Paulo.
Primeiro trabalho na TV: Ademar em Começar de Novo, exibida pela Globo em 2004.
Atuação inesquecível: Mojo, no filme Manual Para Atropelar Cachorros. Foi meu trabalho mais reconhecido nos cinemas.
Ao que gosta de assistir:: Seriados norte-americanos.
Ao que nunca assiste: Reality shows sobre medicina. Não tenho estômago para essas coisas.
O que falta na televisão: Abordar temas mais profundos na dramaturgia. Falta coragem para arriscar.
O que sobra na televisão: Vulgaridade.
Ator favorito: Elias Gleizer.
Atriz favorita: Fernanda Torres e Andréa Beltrão.
Com quem gostaria de contracenar: Com o Elias Gleizer, a Fernanda Torres e a Andréa Beltrão juntos.
Se não fosse ator, o que seria: Infeliz.
Novela favorita: Que Rei Sou Eu?, de Cassiano Gabus Mendes, exibida pela Globo em 1989.
Vilão marcante: Kathy Bates no filme Louca Obsessão.
Que novela gostaria que fosse reprisada: Tieta, de Aguinaldo Silva, exibida pela Globo em 1989.
Com quem gostaria de fazer um par romântico: Débora Falabella.
Filme: Cinema Paradiso, de Giuseppe Tornatore.
Livro: O Escafandro e a Borboleta, de Jean-Dominique Bauby.
Diretor: Monique Gardenberg.
Um vexame: Quando tinha 11 anos, tive um branco no meio de um monólogo que estava realizando. Não sabia o que falar e fiquei parado no meio do palco, olhando para a minha mãe, até que o diretor veio e soprou o que deveria dizer.
Uma mania: Escrever quando estou triste.
Medo: Não conseguir sobreviver do meu trabalho.
Projeto: Começar a rodar o filme Dois Macacos Mais Um, do qual sou diretor, e atuar na peça O Inverno da Luz Vermelha, de Monique Gardenberg. Vou me dedicar a esses projetos assim que Bela, A Feia terminar.
Bela, A Feia - Record - Segunda a sexta, às 22h.