Aberturas e apresentadores: veja trocas do 'Fantástico'
O Fantástico apareceu de cara nova na noite de domingo (27), no ano em que completa 40 anos. A revista eletrônica apresentou um cenário tecnológico e atividades que promovem a interatividade com o telespectador. Tadeu Schmidt e Renata Vasconcellos comandaram a atração de uma redação-estúdio e agora contam com 500 metros entre uma sala de reuniões, duas salas de estar e um café, onde irão receber, semanalmente, convidados. As mudanças no cenário incluem ainda uma tela touchscreen de 25 metros quadrados onde as reportagens são apresentadas.
A atração, que tenta se aproximar do público e recuperar parte da audiência perdida nos últimos dez anos, teve média de 16,5 pontos, enquanto seu concorrente direto, o Domingo Espetacular, da Record, alcançou 12,1.
Fantástico, o Show da Vida estreou em 1973 com duas horas de duração, reunindo jornalismo e entretenimento. Ele foi criado pelo então diretor de operações da rede Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. O Show da Vida foi ao ar pela primeira vez no dia 5 de agosto com apresentação de Sérgio Chapelin e direção de João Loredo. Chico Anysio respondia por textos de humor.
A Primeira edição foi encerrada com um texto especial, escrito por José Itamar de Freitas e lido por Cid Moreira, que falava sobre “o fantástico show da vida”. Isso ficou sendo o “boa-noite”, o fecho do Fantástico por vários anos.
Entre os principais apresentadores que já passaram pela história do programa estão Cid Moreira, Sérgio Chapelin, Valéria Monteiro, Willian Bonner, Celso Freitas, Fátima Bernardes, Sandra Annemberg, Pedro Bial, Glória Maria, Patrícia Poeta, Zeca Camargo e Renata Ceribelli, que de âncora passou a ser recentemente correspondente da atração nos EUA. Atualmente, o posto é de Tadeu Schmidt e Renata Vasconcellos.
Formato
O Fantástico foi lançado durante o período da ditadura militar e também sofreu com a censura. No primeiro momento, foram privilegiadas as reportagens internacionais. Em 1977, com uma nova direção e chefia de jornalismo, os temas nacionais ganharam um novo enfoque assim como questões problemáticas do Brasil em geral.
Sérgio Chapelin, Valéria Monteiro e William Bonner começaram a comandar ao vivo a atração a partir de setembro de 1988. Os escritórios da Globo nos Estados Unidos contribuíram para o editorial.
Fátima Bernardes, Celso Freitas e Sandra Annenberg deixaram a apresentação mais leve em 1993, com participações do elenco da emissora. Com o uso da computação gráfica, as matérias ganharam mais humor e aos poucos interatividade com o telespectador, com a ajuda da tecnologia.
Depois de troca de apresentadores, como Pedro Bial, Zeca Camargo e Glória Maria, o programa ganhou uma apresentadora virtual, Eva Byte, nome escolhido pelo público.
Uma reportagem feita por Glória Maria e o repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues no Alto Xingu, inaugurou as transmissões em HDTV na televisão brasileira em 2007.
E finalmente vieram as famosas mudanças de apresentadores. Patrícia Poeta estreou em 2008 e deixou a posição em dezembro de 2011 para assumir a bancada do Jornal Nacional. Renata Ceribelli entrou em seu lugar e em 2013 passou a ser repórter especial em Nova York. Zeca Camargo seguiu para o comando do Vídeo Show, deixando o cargo para Tadeu Schmidt, ao lado de Renata Vasconcellos.
Aberturas e vinhetas
Com música, dança, coreografias e efeitos gráficos, as aberturas do Fantástico se destacam e recebem atenção especial. A primeira vinheta em cores do programa foi gravada no dia 14 de abril de 1974.
A primeira abertura da atração, dirigida por Augusto Cesar Vannucci, mostrava duas crianças que corriam para o centro de um cenário e encontravam dançarinos fantasiados, estilo carnaval de Veneza.
As superproduções, com cenário e figurinos elaborados, surgiram a partir da década de 1980, unindo as possibilidades da computação gráfica às habilidades humanas. Muitas das inovações foram criadas pelos designers Nilton Nunes e o austríaco Hans Donner.
Em 1987, os cenários representavam os elementos básicos da natureza – ar, terra, água e fogo – e os primeiros habitantes da Terra.
Em 1994, uma nova abertura é feita no computador, sem o elemento humano. Na nova vinheta, os bailarinos e as paisagens naturais deram lugar a criaturas submarinas, mulheres com asas de borboleta e homens de metal empunhando tochas que provocavam grandes clarões de fogo.
Perto do ano 2000, o logo do programa passou por alterações em computação gráfica. Em 2003, uma grande espiral formada pelo nome do programa provocava uma ventania de folhas secas ou borbulhas de água e se expandia para o teto do cenário.
Em 2005, uma bolha, afastando-se da câmera, subia em direção a um céu noturno e estrelado e, num espaço entre nuvens, virava uma estrela, de onde surgia o logo em espiral em tons dourados.
A vinheta de abertura do Fantástico passou por outra renovação em 2010. O logo do programa, com seu já tradicional movimento em espiral, recebeu novas imagens: uma cadeia de DNA, a Via Láctea, uma máquina de relógio, um redemoinho na água, um galho com folhas, um cardume nadando e nuvens formando um furacão.
Em fevereiro de 2012, na edição de número 2000 do programa, cinco artistas plásticos brasileiros criaram obras inspiradas na vinheta do programa: Vik Muniz, Beatriz Milhazes, Nelson Leirner, Carlos Vergara e os grafiteiros Os Gêmeos.
Apresentadores
Sérgio Chapelin (1973-1992)
Cid Moreira (1973-1979)
Hamilton Tramontá (1973-1986)
Fernando Vanucci (1979-1990)
Léo Batista (1979-1990)
César Filho (1985-1990)
Dóris Giesse (1990-1994)
Celso Freitas (1990-1996)
Valéria Monteiro (1990-1993)
William Bonner (1990-1993)
Sandra Annenberg (1993-1996)
Fátima Bernardes (1993-1996)
Helena Ranaldi (1996)
Pedro Bial (1996-2007)
Zeca Camargo (1996-2013)
Glória Maria (1997-2007)
Patrícia Poeta (2008-2011)
Tadeu Schmidt (2008-)
Renata Ceribelli (1999-2011, Eventual) (2011-2013)
Ana Paula Araújo (2012-) (Eventual)
Renata Vasconcellos (2013-)