Realeza norueguesa continuará funções oficiais em meio a julgamento de enteado por estupro
O príncipe herdeiro da Noruega Haakon disse na terça-feira que a família real continuará a desempenhar suas funções oficiais enquanto seu enteado for julgado no próximo ano, acusado de estupro, acrescentando que este é um momento desafiador para todos os envolvidos.
Marius Borg Hoiby, de 28 anos, filho da princesa Mette-Marit e enteado de Haakon, foi acusado na segunda-feira de 32 delitos criminais, incluindo estupro de quatro mulheres, além de violência doméstica e agressão.
Hoiby nega as acusações mais graves contra ele, incluindo as de estupro e violência doméstica, mas planeja se declarar culpado de algumas acusações menores no tribunal quando o julgamento começar, disse seu advogado à Reuters na segunda-feira.
Ele pode enfrentar até 10 anos de prisão se for considerado culpado das acusações mais graves em um julgamento que deve começar em janeiro e durar seis semanas, disse o promotor do caso.
Cabe aos tribunais da Noruega decidir o resultado do caso, disse o príncipe herdeiro Haakon aos repórteres na terça-feira, enquanto participava da abertura de uma conferência.
"Continuaremos a cumprir nossas obrigações da melhor forma possível, como sempre fazemos", afirmou Haakon, em seus primeiros comentários públicos desde que as acusações foram anunciadas. "Todos os envolvidos neste caso provavelmente o consideram desafiador e difícil."
A investigação começou em agosto do ano passado, quando a polícia apontou Hoiby como suspeito de uma agressão física contra uma mulher com quem ele mantinha um relacionamento.
Hoiby, em uma declaração à mídia na época, admitiu ter causado danos físicos à mulher enquanto estava sob a influência de cocaína e álcool, e disse que se arrependia de seus atos.
Hoiby, que não tem título real e está fora da linha de sucessão, é o meio-irmão mais velho da princesa Ingrid Alexandra, que é a segunda na linha de sucessão ao trono depois de seu pai Haakon.