Sucessos e fracassos: os cantores que partiram para carreira solo
14 jul2011 - 09h27
(atualizado às 16h54)
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O que acontece quando uma banda atinge relativo sucesso no mercado da música? O vocalista parte para carreira solo. Isso pode até não ser exatamente uma regra, pois há muitos casos de cantores que optam por se manter no mesmo grupo por toda a carreira ou mesmo por largá-lo para iniciar um projeto com novos parceiros - vide Liam Gallagher com seu Beady Eye. Mas a quantidade de exemplos dos que escolhem o primeiro caminho é incontável.
Foi pensando nessa curiosidade do mercado, que apenas constata o óbvio da ambição do homem, que o Terra preparou um álbum de fotos relembrando alguns nomes que tomaram tal decisão a partir de meados da década de 1970 - excluindo, dessa forma, qualquer ex-Beatle. Naturalmente, como dito anteriormente, seria impossível listá-los todos, e essa jamais foi a intenção. A ideia era mesmo mostrar o quão positiva ou negativa pode ser a ânsia desses astros da música de "alçar voos mais altos", como costumam dizer.
A seleção ignorou aqueles que optaram pela carreira solo sem deixar de lado o "porto seguro" de suas bandas já bem-sucedidas, privilegiando, assim, cantores que realmente arriscaram tudo para colocar seus nomes ainda mais em evidência - ou que, ao menos, passaram algum tempo focando somente em seus trabalhos próprios, caso de Gwen Stefani, do No Doubt, que deixou de lado o quarteto por mais de quatro anos.
Há também aqueles que entraram para a carreira solo por causa do fim de seus conjuntos ou por terem sido demitidos dos mesmos - e eles também fazem parte da lista.Entre os selecionados estão Phil Collins, Roger Waters, Ozzy Osbourne, Michael Jackson, Beyoncé e Ivete Sangalo. Confira a galeria de fotos na aba.
Beyoncé, Michael Jackson, Gwen Stefani, Bruce Dickinson, Ivete Sangalo e Justin Timberlake
A polêmica saída de Ed Kowalczyk do Live acabou gerando uma até agora frutífera carreira ao vocalista. Com seu primeiro trabalho solo, 'Alive', lançado em 2010, ele voltou a figurar em ótimas posições nas paradas de sucesso norte-americanas e europeias
Foto: Getty Images
Com uma carreira solo limitada a três álbuns - o último, 'Amused to Death', lançado em 1992 - e a alguns outros projetos paralelos, as turnês de Roger Waters se tornaram sinônimos de shows de sua ex-banda, o Pink Floyd. Atualmente, por exemplo, gira o mundo apresentando a 'The Wall Live Tour', com foco no principal trabalho da lenda do rock progressivo
Foto: Getty Images
Despedido do Black Sabbath por conta dos abusos com drogas e álcool em 1979, Ozzy se lançou definitivamente em carreira solo um ano depois, quando lançou o álbum 'Blizzard of Ozz'. Todos os seus trabalhos desde então lhe renderam certificados de Discos de Ouro ou Platina. A lenda de sua figura o tornou tão popular que, em 1996, ganhou um festival com seu nome, o Ozzfest, criado por sua mulher e empresária, Sharon
Foto: Getty Images
O vocalista do Judas Priest, Rob Halford, deixou o quinteto em 1991 para seguir com projetos paralelos. O primeiro, com o Fight, foi bastante elogiado pela crítica. Mas em 1998, ano em que assumiu sua homossexualidade, lançou o 2wo, de rock industrial, execrado pelos fãs. O nome do cantor ficou em baixa até 2000, quando fez o disco 'Ressurection' (ressureição), o primeiro 100% solo, com o grupo batizado de Halford
Foto: Getty Images
Phil Collins assumiu os vocais do Genesis em 1976, no álbum 'A Trick of the Tail', substituindo Peter Gabriel, que havia deixado o grupo no ano anterior. Na década de 1980, se lançou num projeto solo paralelo mais pop, cujas vendagens de seus oito discos chegaram a ultrapassar a marca das 100 milhões de cópias. Em 1996, passou a se dedicar inteiramente a seus trabalhos individuais, deixando o Genesis, banda que ajudou a colocar entre as mais bem-sucedidas da história da música
Foto: Getty Images
Peter Gabriel deixou o Genesis, banda que fundou, em 1975, após uma série de desentendimentos com os companheiros. A carreira solo, no entanto, conseguiu manter sua popularidade no meio da música, conquistando sete discos de ouro e dez de platina em seus oito álbuns lançados
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Substituto de Ozzy no Black Sabbath, Ronnie James Dio (10 de julho de 1942 ¿ 16 de maio de 2010) partiu para carreira solo em 1982. Além de ter conseguido se manter como forte nome no meio por quase três décadas, o cantor ainda estabeleceu sua voz e estilo como um dos mais importantes da história do heavy metal
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Em 1993, Bruce Dickinson deixou os grandes concertos que até então fazia com Iron Maiden e os trocou por palcos modestos, consequência de sua decisão de se dedicar inteiramente à carreira solo. Apesar de ter obtido razoável sucesso, nada era comparável ao que havia vivenciado na banda britânica e ele acabou retornando a ela em 1999
Foto: Getty Images
Justin Timberlake conseguiu provar que a carreira de um integrante de boy band não precisa necessariamente ficar para sempre atrelada a ela. Seus dois trabalhos solo venderam quase 20 milhões de cópias no mundo, colocando-o no posto de astro pop do século XXI
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Apesar do enorme sucesso que fez como o galã do Backstreet Boys, Nick Carter não conseguiu obter a mesma fama com sua carreira solo. Se na boyband o cantor chegou a vender mais de 100 milhões de cópias, sozinho não conseguiu comercializar nem 1/100 disso com dois álbuns lançados - foram pouco mais de 500 mil no total
Foto: Getty Images
Michael Jackson tinha um zoológico e um parque de diversões dentro do rancho de Neverland, onde passou boa parte de sua vida. A propriedade foi comprada por uma imobiliária americana por mais de US$ 25 milhões
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Se o Destiny´s Child deu à Beyoncé certo reconhecimento no mundo da música, foi sua carreira solo que a tornou um dos principais nomes da música pop norte-americana. Desde 2003, foram vendidas mais de 22 milhões de cópias pelo mundo só de seus álbuns de estúdio
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'Don't Speak', do álbum 'Tragic Kingdom' (1995), do No Doubt, narra a história de uma garota que sabe que está perdendo seu grande amor. Gwen Stefani canta: "Não fale/ eu sei tudo o que você está dizendo/ então, por favor, pare de explicar/ não me diga porque isso magoa"
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Eleito pelos leitores da 'Rolling Stone' como melhor vocalista de rock de todos os tempos, o ex-Led Zepellin Robert Plant segue desde 1982 com uma muito bem-sucedida carreira solo - tão bem vista que, apesar da insistência do guitarrista Jimmy Page em fazer uma turnê de reunião da lendária banda de 'Stairway to Heaven', Plant sempre a recusa. Em 2008, ganhou o Grammy de álbum do ano por 'Raising Sand', parceria com a cantora Alisson Krauss
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Cantor e baixista do The Police, trio que vendeu mais de 50 milhões de cópias em seis anos de estrada (1978-1984), Sting lançou seu primeiro álbum solo em 1985 e, bem-sucedido, só aceitou fazer uma breve turnê com seus ex-companheiros em 2007
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Cantor e baixista da banda paulistana RPM no início da carreira, Paulo Ricardo se lançou em carreira solo em 1989 voltando totalmente as costas para o rock que o havia consagrado. Apesar de ter conseguido se manter profissionalmente desde então, virou motivo de chacotas no meio que antes era seu até o montar a banda PR.5 e, mais recentemente, se reunir ao grupo que o consagrou
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Leandro e Leonardo foi uma das duplas mais festejadas do Brasil nas décadas de 1980 e 1990 - seus 13 álbuns venderam juntos quase 20 milhões de cópias. Mas a morte do irmão em 1998 não tirou de Leonardo o sucesso. Sua carreira solo lhe rendeu quatro Discos de Diamante
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Se as vendas de Leonardo caíram de forma razoável após a morte de Leandro - mesmo que tenha mantido uma boa margem -, o mesmo não pode ser dito de Daniel, que, sem João Paulo, morto em 1997, alcançou sucesso ainda maior. Aliada à crise do mercado fonográfico, as coisas pioraram para depois de 2002, último ano em que lançou um disco com mais de 1 milhão de cópias comercializadas
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Ivete Sangalo deixou a Banda Eva em 1999 para se lançar em uma das mais bem-sucedidas carreiras solo entre os cantores brasileiros da atualidade. Seu CD 'MTV Ao Vivo: Ivete Sangalo na Fonte Nova' vendeu 1,2 milhão de cópias e seu DVD do mesmo show alcançou a marca de 1,4 mi
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A lógica na carreira de Cláudia Leitte foi muito parecida com a de Ivete Sangalo, mas com uma notória diferença nos números. Seu único disco de estúdio, 'As Máscaras', vendeu pouco mais de 30 mil cópias, menos de 1/10 das comercializadas pelo trabalho mais recente da "rival", 'Pode Entrar: Multishow Registro', de 2009
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Cazuza deixou o Barão Vermelho em 1985 com o intuito de se "expressar de forma mais livre". Sua carreira solo, com quatro discos de estúdio lançados em quatro anos, teve como ponto alto o álbum 'Ideologia', de 1988, com mais de 150 mil cópias vendidas