O Nickelback é um daqueles nomes que evocam opiniões extremas: Se por um lado parte da internet fabrica uma campanha de ódio e memes contra o grupo, a cifra de 50 milhões de álbuns vendidos em mais de 20 anos de carreira demonstram que a banda se firmou como um dos maiores nomes do rock canadense.
Mike Kroeger, irmão do vocalista Chad e baixista do grupo, parece não se preocupar muito com a “máquina de ódio” da Internet: “Alguns memes eu acho bem hilários. Já nos incomodou em algum ponto, mas ninguém vinha na nossa cara falar nada de negativo. Agora, quanto a tentar fazer graça dos outros falando coisas malvadas, eu não acho isso engraçado.”
Aos 47 anos de idade e quase 25 de carreira, Mike Kroeger concedeu uma entrevista ao Terra, que você confere abaixo, sobre o atual momento de carreira da banda,.
O Nickelback é uma das bandas canadenses mais bem-sucedidas comercialmente, com mais de 50 milhões de discos vendidos. A que você acha que se deve este sucesso?
Eu acho que é uma combinação de duas coisas: A primeira é que, ao que parece, as pessoas gostam de nossa música. E a segunda é que nós nunca paramos (risos). Essas duas coisas fazem tudo funcionar, então somos muito sortudos que gostem da nossa música, mas sabemos que temos que trabalhar duro para manter o público engajado.
Eu li uma entrevista em que vocês afirmam estar planejando um décimo álbum [o último trabalho da banda, “Feed The Machine”, é de 2017]. Vocês estão trabalhando nisso atualmente?
Neste momento, estamos na parte criativa. Estamos reunindo ideias, Chad (Kroeger, vocalista e guitarrista) está escrevendo algumas canções, vamos ouví-las e trabalhar nelas sem pressa. Estamos trabalhando num ritmo diferente do que costumamos, não estamos com a pressa que costumávamos ter no passado.
O Nickelback, juntamente com toda a geração do fim dos anos 90 e início de 2000, é parte da última leva de artistas a fazer grande sucesso comercial tocando rock'n'roll. Como você vê o cenário musical atualmente, em que as paradas de sucesso são dominadas pelo pop, eletrônico e rap?
Eu acho que as coisas claramente andam em círculos, tem um ciclo. Acho que estamos voltando a uma direção em que o rock volta à vida. Já aconteceu tantas vezes, ele desaparece e depois volta, são as “ondas”, sabe?
E vocês provavelmente escutam que o rock está morto desde que começaram, certo?
Sim, escutamos isso muitas e muitas vezes. Alguns dizem que o rock morreu, e outros que ele nunca morre. Acho que a verdade não é nenhuma das duas coisas. Acho que o rock vem e vai.
Eu queria falar agora sobre o “ódio ao Nickelback”, que parece ser algo que a Internet abraçou. Vocês levam toda a zoação e os memes a sério?
Na verdade, não. Para ser honesto, uma parte disso é engraçado, sabe, acho que alguns dos memes são hilários, não me incomoda. Acho que, em algum ponto, nos incomodou, mas ninguém vinha na nossa cara falar nada de negativo. Agora, quanto a tentar fazer graça dos outros falando coisas malvadas, eu não acho isso engraçado. Não é algo que eu gosto.
E vocês vão tocar no Brasil de novo, em São Paulo e no Rock in Rio. Você acha que o público brasileiro é diferente, no sentido de demonstrar mais a paixão pelo artista?
Eles demonstram mais sua paixão. Eu sinto que todos os nossos fãs são apaixonados, e por isso nós os amamos, mas alguns demonstram de maneira mais clara, seja com suas vozes, com seu corpo, com suas ações. E acho que os brasileiros são bem claros em sua comunicação (risos). Eles se comunicam muito bem, e ficamos felizes com isso.
Para encerrar: Você tem alguma mensagem para os fãs brasileiros que vão aos shows? O que eles podem esperar?
Brasil, nós sentimos muito a falta de vocês e mal podemos esperar para voltar e ver vocês novamente! Pedimos desculpas por ter demorado tanto para voltar, mas vamos tocar as músicas favoritas do Nickelback para todo mundo!
O Nickelback desembarca no Brasil para apresentações em São Paulo, no Itaipava de Som a Sol (3/10) e no Rock in Rio (6/10).
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