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"Quem gosta de pobreza é intelectual", diz cantor Seu Jorge

8 jun 2011 - 07h48
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Kamille Viola

Além do vozeirão, uma das características que mais chamam atenção em Seu Jorge é como o cantor é naturalmente engraçado. Enquanto mostra no iPod as canções de seu novo disco, Músicas para Churrasco Volume 1, previsto para ser lançado no dia 15 de julho, ele gesticula, interpreta a letra. Todos em volta riem, encantados ao mesmo tempo pela veia humorística do artista e por ouvir em primeira mão vários candidatos fortes a futuros hits.

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Nascido e criado em Belford Roxo, Seu Jorge celebra suas origens na primeira parte de uma trilogia com canções sobre personagens suburbanos, pessoas que moram na mesma rua e se reúnem para fazer um churrasco. A primeira faixa de trabalho, A Doida, já será lançada na próxima sexta-feira (10). "Ela é meio inspirada nessas personagens da Deborah Secco: é gostosa, bebe na conta dos caras e no fim da noite vai para casa, de metrô", explicou.

São dez músicas, com produção de Mario Caldato Jr. "É a oportunidade de levar meu som para a galera da massa, que ouve rádio. O cara me reconhece, acha parecido com Belo, Alexandre Pires, vê que é oriundo do mesmo lugar", contou Seu Jorge, que vai rodar o Brasil a partir de agosto com a nova turnê.

Ele também planeja transformar a história em um filme, Rua X. "Quero mostrar a história da perspectiva do universo de onde vim. É uma comédia, mas eles passam por alguns dramas. A ideia é mostrar superação", contou.

Um universo bem próximo do menino que achava que ia ser cobrador de ônibus, mas distante do homem de 41 anos que tirou a família do bairro pobre, aprendeu espanhol, francês, inglês e italiano, tem um Porsche novo na garagem, apartamento em Los Angeles - para onde pretende se mudar -, estúdio em Paris e vai alugar uma casa na região da Bretanha, na França. "Quem gosta de pobreza é intelectual", diz.

E a agenda segue cheia: morando em São Paulo, ele passa 75% do ano fora de casa. Fez turnê com o Almaz, projeto com músicos da Nação Zumbi, e cria a trilha do próximo filme do ator francês Vincent Cassel. Bem na fita no exterior, Seu Jorge considera marcantes os elogios de Bono, do U2, que o chamou para o palco num show da banda, e do cineasta espanhol Pedro Almodóvar: "tava acabando de chegar no pagode e o cara, com anos de Sundown, diz que eu sou um ator explosivo!".

Seu Jorge tem uma boa carreira nas duas artes. Ele começou em um musical de teatro. Deu tão certo que depois de uma temporada ele se juntou ao grupo Farofa Carioca. Mais tarde, vieram os convites para o cinema, mas foi em 2002, como o Mané Galinha do filme Cidade de Deus, que ele ganhou reconhecimento nacional - e internacional também, tanto que precisou morar na Itália por quatro meses para gravar o filme The Life Aquatic, do norte-americano Wes Anderson.
Seu Jorge tem uma boa carreira nas duas artes. Ele começou em um musical de teatro. Deu tão certo que depois de uma temporada ele se juntou ao grupo Farofa Carioca. Mais tarde, vieram os convites para o cinema, mas foi em 2002, como o Mané Galinha do filme Cidade de Deus, que ele ganhou reconhecimento nacional - e internacional também, tanto que precisou morar na Itália por quatro meses para gravar o filme The Life Aquatic, do norte-americano Wes Anderson.
Foto: EFE
Fonte: O Dia
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