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Morre Lindomar Castilho, o 'Rei do Bolero', aos 85 anos

Ícone da música brega dos anos 1970 falece e deixa legado marcado por sucessos, trajetória artística e um crime que chocou o Brasil

20 dez 2025 - 10h51
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O cantor Lindomar Castilho, um dos nomes mais populares da música brega brasileira nas décadas de 1970 e 1980, morreu aos 85 anos neste sábado, 20. A informação foi confirmada pela filha do artista, Lili De Grammont, em uma publicação nas redes sociais. A causa da morte não foi divulgada pela família até o momento.

Foto: Divulgação / Rolling Stone Brasil
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Conhecido como "Rei do Bolero", Castilho se destacou no cenário musical por sua voz dramática e interpretações que marcaram gerações. Com sucessos como "Vou Rifar Meu Coração" e "Você É Doida Demais", ele vendeu milhões de discos e conquistou um lugar de destaque nas rádios brasileiras, tornando-se referência no gênero romântico-popular. A música "Você É Doida Demais" ganhou ainda mais notoriedade por ter sido tema de abertura da série Os Normais (2001), da TV Globo.

No entanto, a carreira de Lindomar Castilho também foi marcada por um episódio dramático e polêmico. Em 1981, durante uma apresentação em São Paulo, ele assassinou a tiros sua segunda esposa, a também cantora Eliane de Grammont. O crime brutal — que ocorreu diante de amigos e familiares — chocou o país e o tornou um símbolo doloroso nas discussões sobre violência doméstica no Brasil. Condenado a 12 anos de prisão, ele cumpriu parte da pena e foi libertado nos anos 1990, após o que tentou retomar sua carreira artística.

Lili De Grammont falou sobre isso na publicação: "Ao tirar a vida da minha mãe, também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira". Lili ainda refletiu sobre a finitude humana, vulnerabilidade e a necessidade de olhar para dentro de si em busca de crescimento emocional.

Após cumprir sua pena, Lindomar retornou à música por um período, inclusive lançando um álbum ao vivo em 2000, mas acabou se afastando progressivamente da vida artística. Em entrevistas anteriores, ele mencionou que havia se aposentado dos palcos, chegando a dizer que "não cantava nem no chuveiro", e adotado uma rotina mais reservada, em parte motivado por problemas de saúde que afetaram inclusive parte de suas cordas vocais.

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