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Porrada de amor: Terra faz radiografia do bate-cabeça no Rock in Rio

Rodas são ambientes cheios de energia que explode em empurrões, socos, tapas; mas é tudo (quase sempre) no amor

23 set 2013 - 07h48
(atualizado às 10h00)
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Terra faz radiografia do bate-cabeça no Rock in Rio:

Os críticos do line-up do Rock in Rio 2013 têm certa razão: a mixórdia musical faz do festival um evento pitoresco. É de fato esquisito Ivete Sangalo tocando em um festival que leva em seu RG o nome de rock. E é evidente que isso atrai ao festival um público muito mais interessado no evento do que na experiência musical. O Rock in Rio não é um festival para se descobrir artistas, mas para se festejar carreiras.

Terra "bate-cabeça" na primeira roda de verdade do Rock in Rio 2013:

Mas é inegável que, quando se trata de heavy metal (e suas variantes), a história é completamente diferente. Se alguém acusa os frequentadores de serem 100% “coxinha”, nunca foi aos dias mais roqueiros. Durante os sete dias de Rock in Rio 2013, a reportagem do Terra frequentou a pista dos shows mais pesados com uma missão: traçar um raio-x deste público tão fiel que varava noites na fila, enchia a Cidade do Rock muito antes da noite chegar, e ainda passava o dia agitando.

Pogo, bate-cabeça, ou simplesmente roda. Seja lá qual for a denominação mais correta, a agitação dos metaleiros é vista por muitos como um ato selvagem, violento. Mas o que é impossível de ignorar é que, para os fãs de metal e punk rock, a adrenalina causada por essa música se traduz em trombadas, esbarrões, empurrões, chutes e cotoveladas.

O curioso é que, apesar de todas essas agressões, uma roda quase nunca é um ambiente de violência. As pessoas estão lá, na maioria das vezes, para extravasar. E só. Como fazer isso sem ser violento nos socos e pontapés? Aí é que está o mistério do bate-cabeça. Há um espírito intrínseco de celebração coletiva quando uma roda é aberta durante um show. E seus ocupantes partilham deste mesmo sentimento.

Fãs de Dr. Sin batem cabeça em dia de metal no Rock in Rio:

É claro que é em muitas rodas que nasce uma briga. E durante os sete dias de shows, a reportagem do Terra testemunhou algumas: normalmente logo depois de um empurrão levado para o lado pessoal e retribuído com força desmedida. Em 100% das situações que presenciamos as brigas foram rapidamente apartadas por amigos e outros frequentadores anônimos do pogo que não conheciam sequer os envolvidos. E o espírito festivo do bate-cabeça prevalecia. 

E vimos também o extremo oposto acontecer. Foi assim logo no segundo dia de festival, quando um jovem chamado Luis Felipe, sem uma das pernas e de muletas entrou na roda aberta no fim do show de Marky Ramone, ao som de Blitzkrieg Bop. Ele levou trombadas e também empurrou, cantou, girou e foi tratado por todos como igual.

Sem uma das pernas, fã enfrenta bate-cabeça de muletas no Rio:

Ou ainda durante a apresentação do Krisiun, no mesmo Palco Sunset, neste último domingo de festival, quando um cadeirante foi erguido – com cadeira e tudo – pela massa acima de todos. Uma espécie de camarote bate-cabeça.

A conclusão é que as rodas são ambientes cheios de energia que explodem em empurrões, socos, tapas. Mas é tudo (quase sempre) no amor.

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Fonte: Terra
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