Morre Edy Star, o primeiro artista glam brasileiro
Cantor de 87 anos esperou por mais de 30 horas em uma UPA na zona central de São Paulo para conseguir atendimento especializado, segundo seu biógrafo
O cantor, compositor, dançarino e produtor Edy Star, de 87 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira, 25, no Hospital Heliópolis, na zona sul de São Paulo. Star estava internado em estado grave, depois de sofrer uma queda em casa, na semana passada.
Star foi transferido para o Hospital Heliópolis na quarta-feira, 23, depois de esperar mais de 30 horas pela remoção na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Mariana, na região central da cidade. Durante esse período, o biógrafo do cantor, o historiador Ricardo Santhiago, promoveu uma mobilização nas redes sociais para conseguir uma vaga para Star em um hospital que tivesse condições de cuidar de seu estado delicado de saúde o mais rápido possível.
Nos anos 1990, Star se mudou para a Espanha onde atuou no teatro e como produtor de boates. De volta ao Brasil, passou a ser cultuado por uma nova geração. Em 2017, lançou seu segundo álbum, Cabaré Star, com produção musical de Zeca Baleiro e Sergio Fouad.
Atualmente, divulgava um projeto de financiamento coletivo para lançar um álbum só com músicas do amigo Raul Seixas.Também movimenta as redes sociais com postagens em que abria seu baú, ou, "bolsinha", como ele costumava chamar, para mostrar fotos ao lado de grandes nomes da música brasileira.
Recentemente, o historiador Ricardo Santhiago lançou a biografia Eu só fiz viver - A história oral desavergonhada de Edy Star (Editora Popessuara). Star também foi tema do documentário Antes que Me Esqueçam, Meu Nome é Edy Star, dirigido por Fernando Moraes.
Em sua última entrevista ao Estadão, em dezembro de 2024, por ocasião do lançamento de seu documentário, Star, mais uma vez, reafirmou sua vocação para a alegria. "Eu estou aqui para me divertir. Vim ao mundo só para isso e eu continuo me divertindo."
