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Museu combina arte e tecnologia para experiência interativa

29 jun 2009 - 10h01
(atualizado às 10h30)
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Mais um século separa as obras do pintor Edgar Degas da era digital. No entanto, o Museu de Arte de Denver considerou que os dois representam um par perfeito em termos artísticos.

Uma mesa de toque permite ver detalhes de pinturas impressionistasLeia mais
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Foto: The New York Times

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Os visitantes do museu vêm encontrando cada vez mais recursos de tecnologia interativa espalhados entre as peças de belas artes que a instituição expõe.

Em uma "mesa de toque" instalada nas alas destinadas à pintura europeia e dos Estados Unidos, basta um toque do visitante em uma tela de vidro para exibir uma imagem ampliada de uma obra-prima, em tamanho que permite distinguir cada pincelada.

Em uma exposição chamada "Experiência Psicodélica", os visitantes entram em uma cabine telefônica ao estilo dos anos 60, discam um par de números em um telefone público com antiquado discador rotativo e em seguida gravam lembranças de seus dias como hippies, falando a uma pequena câmera de vídeo que fica escondida na ranhura que teoricamente receberia as moedas necessárias à operação do telefone.

As recordações - algumas das quais muito vagas, e outras vívidas e eletrizantes - podem ser enviadas ao site de vídeos YouTube, onde estarão à disposição dos demais visitantes do museu.

"Estamos tentando encontrar maneiras de tornar o visitante parte da experiência do museu", disse Bruce Wyman, diretor de tecnologia da instituição.

Os recursos tecnológicos que o museu de Denver colocou em uso não são altamente sofisticados. Muitas das peças apresentadas com assistência tecnológica o fazem por meio de software relativamente simples e de computadores pessoais comuns, para criar aquilo que Williams designa como "experiências interativas".

O que é inovador é a abordagem que o museu adota para combinar arte e tecnologia, e a disposição que a instituição vem exibindo de compartilhar de suas realizações com outras organizações destinadas a promover as artes em diversos locais dos Estados Unidos.

"O Museu de Arte de Denver é um dos líderes, entre as instituições de arte, na incorporação de recursos tecnológicos inovadores a fim de auxiliar na interpretação das peças de seu acervo e exposições", diz Eric Siegel, diretor da Galeria da Ciência de Nova York. "Embora museus dedicados à ciência já tenham tentado adotar essas abordagens, o mundo dos museus de arte vem sendo mais conservador em seus esforços de incorporação de recursos de tecnologia".

Wyman, que tem formação como biólogo marinho, compartilha do crédito pelos elogios que seu museu vem conquistando com Aubrey Francois, encarregado do desenvolvimento dos sistemas tecnológicos, bem como com sua equipe de tecnologia, formada por três outros especialistas.

"A combinação de talentos e conhecimentos de que dispomos aqui é incomum", diz Wyman. "Contamos com pessoas muito espertas e com formações muito ecléticas".O museu não revela seu orçamento para uso de tecnologia em exibições, mas afirma que equivale a apenas uma pequena fração dos US$ 19 milhões de que dispõem como orçamento anual.

Desenvolver as interfaces tecnológicas é um desafio à criatividade. Mantê-las funcionando quando milhares de visitantes as manipulam é mais um obstáculo, como foi possível comprovar esta semana quando dois dos telefones da experiência psicodélica enguiçaram e a mesa de toque não estava exibindo a gama completa de cores dos quadros selecionados.

"Nossa atitude é a de que devemos experimentar", diz Wyman. "Compreendemos que nem tudo vai funcionar 100% bem o tempo todo".

Os problemas técnicos não esfriaram o entusiasmo de Mandi Jackson, que utilizou a tela de vídeo de uma das cabines telefônicas que estavam funcionando na mostra psicodélica para assistir a um vídeo de época do Jefferson Airplane tocando White Rabbit.

"Meus pais costumavam ouvir essa música", diz Jefferson, 22, moradora em Sacramento, Califórnia. "Mas assisti-la assim é muito mais interessante".

Tradução: Paulo Migliacci ME

The New York Times
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