Maradona: Sete profissionais de saúde serão julgados pela morte do jogador
Processo judicial analisa possível negligência no atendimento ao ex-craque argentino
Quase cinco anos após a morte de Diego Maradona, a Justiça argentina dará início ao julgamento de sete profissionais de saúde acusados de negligência no tratamento do ex-jogador.
O processo será conduzido no subúrbio de San Isidro, em Buenos Aires, e está previsto para durar cerca de quatro meses.
A investigação que levou à acusação dos médicos e enfermeiros concluiu que Maradona recebeu um tratamento domiciliar inadequado durante sua recuperação de uma cirurgia cerebral, realizada semanas antes de seu falecimento.
Segundo o Ministério Público, os profissionais envolvidos podem enfrentar penas de oito a 25 anos de prisão, caso sejam considerados culpados.
Entre os acusados estão o neurocirurgião Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Diaz, a coordenadora médica Nancy Forlini, o coordenador de enfermagem Mariano Perroni, o médico Pedro Pablo Di Spagna e o enfermeiro Ricardo Almirón.
Todos eles são investigados por suposta negligência e omissão de socorro. Uma oitava profissional, a enfermeira Gisela Dahiana Madrid, terá seu caso analisado separadamente em julho.
Os promotores sustentam que o ex-craque argentino foi deixado sem suporte médico adequado, vivendo um "período prolongado e agonizante" antes de sofrer um ataque cardíaco fatal. Um dos enfermeiros afirmou às autoridades que notou sinais de alerta, mas recebeu ordens para não acordá-lo.
O falecimento de Maradona e a investigação
Diego Maradona faleceu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, em uma residência alugada na região metropolitana de Buenos Aires. O ex-jogador estava em recuperação após passar por uma cirurgia para retirada de um hematoma subdural. De acordo com o laudo médico, a causa da morte foi um ataque cardíaco.
O falecimento do maior ídolo do futebol argentino gerou enorme comoção no país, com milhares de torcedores comparecendo à Casa Rosada, sede do governo argentino, para prestar as últimas homenagens ao ex-jogador.
Em 2021, um painel de especialistas convocado pelo Ministério Público concluiu que Maradona teria tido maiores chances de sobrevivência caso tivesse recebido tratamento em um hospital adequado. Agora, a Justiça irá determinar se houve negligência por parte dos profissionais de saúde envolvidos e se eles deverão ser responsabilizados legalmente pela morte do icônico camisa 10 da seleção argentina.
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