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Viúva de João Gilberto afirma que é ignorada em partilha do espólio do 'pai da Bossa Nova'

Defesa de Maria do Céu Harris diz que ela é deixada de lado em reuniões com a inventariante judicial; artista morreu em 2019

1 abr 2024 - 16h07
(atualizado às 17h36)
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Resumo
A viúva de João Gilberto, Maria do Céu Harris, entrou com uma petição na Justiça do Rio de Janeiro para ter informações sobre os processos de administração do inventário do 'pai da Bossa Nova', falecido em 2019.
João Gilberto e Maria do Céu Harris, que afirma ser ignorada em processo de partilha
João Gilberto e Maria do Céu Harris, que afirma ser ignorada em processo de partilha
Foto: Reprodução

A viúva do compositor João Gilberto, Maria do Céu Harris, cobra na Justiça para que seja informada sobre o andamento do processo de administração de inventário do lendário musicista considerado 'pai da Bossa Nova', falecido em 2019.

Em petição apresentada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a defesa de Maria do Céu aponta que tem sido deixada de fora de reuniões sobre a herança, principalmente no que diz respeito aos vencimentos de direitos autorais, confirmou ao Terra

A petição foi direcionada aos três filhos de João Gilberto, para que Maria do Céu fosse informada sobre as datas e o teor de tais reuniões e incluiu uma liminar para ter informações sobre a partilha, que acabou negada pela Justiça do Rio.

O Terra questionou a assessoria de Isabel Gilberto de Oliveira, filha de João Gilberto, sobre a disputa judicial, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto para manifestação. 

Recentemente, os herdeiros do compositor venceram uma disputa judicial contra a gravadora EMI-Odeon, que hoje tem sua discografia como propriedade da Universal Music. Com a vitória nos tribunais, o conglomerado britânico terá que indenizar a família de João Gilberto em R$ 150 milhões.

O montante financeiro, que se refere a uma dívida da EMI com o falecido artista, foi homologado pelo desembargador Adolpho Mello Júnior, da 14ª Câmara de Direito Privado do Rio de Janeiro.

A briga entre João Gilberto e a EMI começou quando a gravadora decidiu relançar os primeiros álbuns do cantor no inicio do movimento Bossa Nova. São eles: Chega de Saudade (1959), O Amor, O Sorriso e a Flor (1960) e João Gilberto (1961). Na época desses relançamentos, o cantor não aceitou o processo de remasterização dos discos, acusando a EMI de adulterar a gravação original deles. Em meio à batalha judicial, João Gilberto não recebeu os direitos autorais da gravadora.

"A vitória de hoje praticamente encerra esse longuíssimo processo", celebrou Leonardo Amarante, advogado dos herdeiros do cantor, que trabalhou no processo contra a EMI.

O valor de R$ 150 milhões, de acordo com a Veja, deverá ser pago ao inventário de João Gilberto, que inclui seus três filhos: João Marcelo, Bebel Gilberto e Luísa Carolina. Também há possibilidade de que Maria do Céu Harris tenha acesso à indenização.

Fonte: Redação Terra
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