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Quem é o rapaz decapitado na megaoperação do Rio? Família demorou para achar corpo

Rapaz decapitado na megaoperação teve seu corpo procurado por horas pela família; veja

31 out 2025 - 11h24
(atualizado às 13h33)
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Após horas de busca, a família de Yago Ravel Rodrigues finalmente encontrou o corpo do jovem de 19 anos, que foi decapitado no Complexo da Penha, o mesmo onde ocorreu a megaoperação no Rio de Janeiro nesta última terça-feira (28). Sabe-se que o rapaz foi morto de forma brutal na manhã de quarta-feira (29), horas após o protocolo policial que matou 121 e prendeu 113 pessoas.

Foto: Mais Novela

Quem é ele?

Segundo a tia do rapaz, Yago não tinha nenhuma ligação com o crime organizado e não possuia antecedentes criminais. "Era um menino do bem, tranquilo, não precisava de nada do que aconteceu com ele", disse a parente, que irá velar o sobrinho nesta sexta-feira (31).

Porém, o jovem ostentava fotos com fuzis em suas redes sociais e escondia o número da placa de sua moto para publicar as imagens. No dia de sua decapitação, Ravel usava roupas militares para camuflagem, a mesma que os membros do Comando Vermelho estavam trajando. O vídeo que está circulando na internet insinua que o rapaz foi torturado pelos policiais, mas não há nenhuma confirmação até o momento.

Família denuncia descaso do governo

Além da morte trágica, a família lidou com uma demora de 12 horas no IML para obter informações sobre o corpo do rapaz. Segundo a tia, apenas a mãe foi autorizada a ver o corpo do filho, dando de cara com a cena brutal do jovem decapitado. Além disso, o velório de Ravel foi marcado para começar meio-dia desta sexta, mas foi adiantada para 11h sem a autorização dos parentes. O sepultamento segue às 15h, no cemitério de Inhaúma.

O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro enfrenta um colapso sem precedentes e precisou ser fechado ao público após a "Operação Contenção", que resultou em 121 mortes nos Complexos da Penha e do Alemão. A Polícia Civil restringiu o acesso ao prédio para concentrar esforços nas perícias, decisão que provocou revolta entre familiares que buscam informações sobre parentes desaparecidos.

Com a sobrecarga causada pelo alto número de vítimas, o maior já registrado em uma única ação policial no estado, o IML implantou um atendimento emergencial no Detran, enquanto casos sem relação com a operação estão sendo direcionados ao IML de Niterói. A medida foi alvo de críticas da deputada Dani Monteiro (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, que denunciou publicamente o colapso da instituição e cobrou transparência nas investigações.

Polícia se pronuncia sobre o caso

Em uma coletiva de imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o secretário da Polícia Civil do Rio foi questionado sobre o paradeiro do jovem. Segundo ele, não há indícios de que o Bope ou a PC tenham assassinado o rapaz.

"Quem disse que quem cortou a cabeça não foi o pessoal que foi buscar o corpo? Quem disse que foi a polícia que cortou a cabeça dele? Os criminosos podem ter feito novas lesões nos corpos, justamente para chamar a atenção da imprensa", disse o secretário Felipe Curi.

Curi ainda acusou moradores dos complexos do Alemão e da Penha de 'vilipêndio de cadáver'. Segundo ele, pessoas da comunidade teriam manipulado corpos para acusar a Policia Civil e o Bope de assassinar inocentes. Ele ainda afirma que os moradores usaram carros roubados para transportar os corpos até a praça São Lucas, onde foram deitados no chão e expostos ao público.

O secretário de Segurança, Victor Santos, acrescentou que o IML dará detalhes sobre a origem das lesões. "A perícia é capaz de identificar se uma lesão foi produzida num corpo vivo ou morto. Então, quanto a isso, a gente está bem tranquilo, porque a prova material é a que vai valer para que isso seja avaliado no que o foro é competente, que é a Justiça", disse.

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