Quase ninguém lembra, mas Padre Marcelo Rossi foi investigado pelo Vaticano por 10 anos e não foi suspenso por pouco
Padre Marcelo Rossi recebeu uma denúncia anônima de um religioso brasileiro.
Padre Marcelo Rossi se tornou uma das figuras religiosas mais populares do Brasil. Dono do segundo CD mais vendido da história, ele era presença cativa em programas de TV, especialmente, os dominicais. E foi essa mesma fama que lhe causou um sério problema com o Vaticano.
Segundo informações do colunista Ricardo Feltrin, publicadas em 2014, Padre Marcelo foi investigado de perto pelo Vaticano do final da década de 1990 até 2009. O motivo? Ele foi denunciado por um religioso brasileiro e acusado de culto ao personalismo, exibicionismo excessivo na TV, de desvirtuar as práticas católicas e até de transformar sua missa em um "circo".
O Dicastério para a Doutrina da Fé (DDF) ficou responsável pela investigação. No início, a congregação era liderada por Joseph Ratzinger, que, anos depois, seria o Papa Bento XVI. De acordo com o colunista, os religiosos recebiam regularmente imagens das participações do padre no "Domingo Legal" e no "Domingão do Faustão" - em uma época onde a baixaria imperava pela audiência.
Padre Marcelo e o Bispo Dom Fernando quase foram chamados pelo Vaticano para prestação de contas, entre 2004 e 2005. A morte de João Paulo II, em abril de 2005, postergou qualquer punição contra eles, já que todas as atividades se voltaram para as cerimônias de despedida e a eleição do novo pontífice.
Feltrin afirma que o Padre Marcelo esteve próximo de ter suas atividades suspensas por pressão do denunciante, que segue em anonimato até os dias de hoje. Caso isso se concretizasse,...
Matérias relacionadas