O que Thais Carla tem? Especialista explica diagnóstico após dançarina fazer a bariátrica

A dançarina Thais Carla compartilhou recentemente que a cirurgia bariátrica intensificou sua queda de cabelo. A influencer, que já sofria com esse problema antes da operação, explicou que seu corpo está absorvendo menos nutrientes, o que causa ainda mais perda de fios. Ao MAIS NOVELA, uma hairstylist especialista em terapia capilar e uma tricologista explicaram o que está acontecendo com a famosa.

A bariátrica causa queda de cabelo?

Segundo a tricologista Sueli Maeda a cirurgia bariátrica "promove uma remodelagem metabólica profunda, alterando a absorção e o aproveitamento de macro- e micronutrientes essenciais ao metabolismo capilar". Os principais fatores são:

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• Déficit proteico e energético: o aporte proteico reduzido e a restrição calórica intensificam o "efeito catabólico" sobre o córtex capilar, fragilizando a haste e elevando a taxa de queda.
• Redução na absorção de vitaminas e minerais: alterações anatômicas no trato gastrointestinal comprometem a captação de ferro, zinco, biotina, vitaminas A, D e do complexo B, nutrientes-chave para a anagen (fase de crescimento) capilar.
• Flutuações hormonais e emocionais: o estresse cirúrgico e a adaptação psicológica à nova rotina alimenta o desequilíbrio hormonal (cortisol elevado, por exemplo), desencadeando eflúvio telógeno e prolongando o período de repouso folicular.
• Uso de medicações e suplementação restrita: regimes farmacológicos e protocolos de suplementação pós-operatória podem não suprir integralmente as demandas capilares, comprometendo a saúde do couro cabeludo e dos folículos

Cuidados pós-cirurgia

A hairstylist especialista em terapia capilar Letícia Figueiredo explica que é necessário esperar pelo menos 6 meses após  a cirurgia para voltar a fazer procedimentos químicos no cabelo. "Esse período permite que o organismo se recupere do impacto metabólico da cirurgia e estabilize os níveis de nutrientes e a saúde do couro cabeludo. Realizar procedimentos antes disso pode agravar a queda, aumentar a quebra dos fios e dificultar a regeneração capilar. Mesmo após esse período, é fundamental realizar uma análise prévia da saúde capilar e do couro cabeludo, preferencialmente com o uso de tricoscópio, além de seguir um protocolo de fortalecimento com ativos específicos para minimizar os riscos de danos adicionais", detalhou.

Sueli, que é profissional em design de cor, corte e terapia capilar, pontua a necessidade de fazer diversos acompanhamentos depois da cirurgia. Primeiro, ela indica um reforço proteico (ajustes de dieta hiperproteica e, se necessário, suplementação com colágeno hidrolisado) e ativação tricoterápica preventiva (uso de tônicos à base de cafeína, peptídeos bioativos e extrato de ginseng para estimular a microcirculação do couro cabeludo).

Ainda é possível fazer tratamentos de reconstrução com mesoterapia e terapia de indução percutânea (microagulhamento), LED terapia e Laser de Baixa Intensidade (LLLT) e Plasma Rico em Plaquetas (PRP). Na alimentação, é preciso ter um acompanhamento nutricional constante para repor as substancias que o bariátrico não absorve e um monitoramento laboratorial trimestral.