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O que se sabe sobre os segredos da família real expostos no novo livro do príncipe Harry

Discussão sobre Meghan precipitou agressão de William ao irmão; veja mais trechos de 'Spare', que será lançado dia 10

6 jan 2023 - 08h08
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O livro "Spare" do príncipe britânico Harry é visto em uma livraria, antes de sua data de lançamento oficial, em Barcelona, Espanha, 5 de janeiro de 2023.
O livro "Spare" do príncipe britânico Harry é visto em uma livraria, antes de sua data de lançamento oficial, em Barcelona, Espanha, 5 de janeiro de 2023.
Foto: REUTERS/Nacho Doce

A autobiografia do príncipe Harry, o Duque de Sussex, nem foi lançada ainda e já tem provocado um rebuliço na monarquia britânica. Chamado de Spare (O que sobra, em português), o livro traz detalhes sobre o relacionamento ruim de Harry com William, o príncipe de Gales, principalmente depois de seu casamento com Meghan Markle, além de bastidores da relação dele com o pai, o rei Charles III. O livro terá lançamento mundial em 10 de janeiro.

Vias de fato com William

O jornal britânico The Guardian antecipou um trecho da biografia. em que Harry afirma ter sido agredido fisicamente pelo irmão em 2019, quando a relação entre os dois já estava em frangalhos depois do casamento com Meghan.

A discussão teria começado com William chamando a atriz americana de "difícil" e "rude". A situação escalou e, segundo Harry, William o agarrou pelo colarinho, quebrando seu colar e... o jogou no chão".

"Caí na tigela do cachorro, que rachou nas minhas costas, os pedaços me cortando. Fiquei ali por um momento, atordoado, depois me levantei e disse a ele para ir embora'', escreveu Harry sobre o confronto entre os príncipes, que teria acontecido no Palácio de Kensington, nas dependências conhecidas como Nottingham Cottage.

William teria reagido o incentivando a revidar, mas depois voltou parecendo arrependido e se desculpou, pedindo que ele não contasse sobre o caso para Meghan - que, segundo Harry, só ficou sabendo do ocorrido depois, quando perguntou ao marido sobre os arranhões provocados pela briga.

Príncipes William e Harry durante funeral da rainha Elizabeth, em Londres 19/09/2022
Príncipes William e Harry durante funeral da rainha Elizabeth, em Londres 19/09/2022
Foto: Jeff Spicer/Pool via REUTERS

Fantasia nazista em 2005

No livro, Harry afirma que William ea mulher dele, Kate Middleton, o incentivaram a se vestir como um guarda nazista em uma festa em 2005. À época, Harry tinha 20 anos, e William e Kate, 23. A foto foi parar nos tabloides britânicos e provocou um escândalo na família real, cerca de oito anos depois da morte da princesa Diana, mãe dos dois irmãos. Os trechos do livro foram obtidos pelo site americano Page Six e republicados pela Bloomberg.

Harry conta no livro que telefonou para o irmão e a cunhada - à época namorada do herdeiro do trono - sobre se ele deveria escolher a fantasia de um piloto de avião ou de um guarda nazista para uma festa à fantasia cujo propósito era que os convidados se vestissem com roupas esdrúxulas. Segundo ele, o casal sugeriu que a fantasia de nazista era melhor.

"Liguei para William e Kate e perguntei o que eles achavam. Eles riram muito do uniforme nazista. 'É melhor ainda que a fantasia de leão com pantufas de William, muito mais ridículo. E é esse o ponto", diz o trecho.

Desgosto paterno

Em um outro trecho, que narra o funeral de avô de Harry, o príncipe Phillip, morto em 2021, o príncipe narra um diálogo no qual ele e William, brigados desde a saída do Duque de Sussex da família real, em 2020.

"Por favor, meninos. Não façam do final da minha vida um inferno", disse o rei, à época ainda herdeiro do trono.

O Palácio de Buckingham não comentou os trechos, seguindo a falta de resposta ao documentário da Netflix. Recentemente, o rei Charles III divulgou a notícia de que Harry seria convidado para sua coroação em maio, sugerindo que ele gostaria de superar o rancor e desempenhar um papel de conciliação na família. "Ele evitou, com razão, entrar em um jogo contra Harry e Meghan", disse Vernon Bogdanor, professor de governo do King's College London, que escreveu sobre o papel constitucional da monarquia. /AP e NYT.

Estadão
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