Novo álbum de Daniela Mercury discute IA e autoestima nacional
Em entrevista ao Terra Agora, artista contou inspirações do novo projeto
A cantora Daniela Mercury, 60, concedeu entrevista ao Terra Agora para falar sobre seu novo álbum, Cirandaia, que será lançado na próxima sexta-feira, 17. O disco, que é uma celebração aos 40 anos da axé music, combina homenagens à música popular brasileira e discute temas da política nacional.
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Na entrevista, a artista explicou que o nome do álbum é uma combinação de ciranda com IA (inteligência artificial). “Uma ciranda de amigos, uma dança de amigos, que tem a ver com o terreiro e com tudo que eu faço, que é coletivo, da cultura popular brasileira e é nordestino”, afirmou.
Segundo Daniela, a proposta do disco é discutir o papel das novas tecnologias diante dos desafios da humanidade. “Todas as tecnologias podem ser bem-vindas se soubermos o que queremos fazer delas. E a grande questão é essa: como a humanidade vai se utilizar da IA”, disse.
Temas como a regulamentação das Big Techs e a influência das fake news nas eleições também são endereçados nas canções. Além disso, a artista explica que as faixas são uma tentativa de homenagem à identidade nacional.
“Meu tesão maior sempre foi fazer o povo brasileiro se elevar, se exuberar e se sentir respeitado e fortalecido. Com a minha carreira internacional, percebo que a gente fica se oprimindo, se sentindo menor e menos importante do que é e transitando neste lugar que não é bom para um cidadão numa democracia”, afirmou.
O novo trabalho é o 22° álbum de estudio da cantora, e conta com participações especiais de diversos artistas, incluindo Alcione, Dona Nete, Lauana Prado, Zélia Duncan, Vânia Abreu, Raquel Reis e Chico César. Mercury também traz colaborações com Davi Kopenawa e seu filho Gabriel, que além de cantar, atua como produtor em algumas faixas do álbum.