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Morte de Seymour Hoffman levanta debate sobre volta da heroína aos EUA

4 fev 2014 - 12h11
(atualizado às 12h14)
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Ator em retrato tirado no último dia 19 de janeiro, menos de duas semanas antes de sua morte
Ator em retrato tirado no último dia 19 de janeiro, menos de duas semanas antes de sua morte
Foto: Getty Images

A repentina morte do ator Philip Seymour Hoffman por uma suposta overdose de heroína levantou a questão sobre a volta da droga aos Estados Unidos, onde o consumo cresceu 79% entre 2007 e 2012, segundo os últimos dados oficiais.

Droga que causou estragos nos anos 1970 e 1980, a heroína voltou às ruas do país como alternativa barata e acessível aos analgésicos controlados de derivados do ópio. Milhares de pessoas são viciadas no composto, que causa 15 mil mortes por ano no país.

O abuso dos remédios aumentou a partir da década de 1990, uma "epidemia" que as autoridades contiveram com um controle mais severo de sua venda e a ampliação dos requisitos para obter receita médica.

A impactante imagem de Hofman, um bem-sucedido ator de apenas 46 anos, encontrado morto no fim de semana vestindo somente uma cueca e com uma agulha no braço, trouxe à tona um problema social e de saúde ao qual as autoridades já advertiam..

Como os resultados da autópsia ainda não foram divulgados, a polícia trabalha com a hipótese de uma overdose de heroína como a causa da morte do ator, já que no apartamento do ator em Nova York foram encontrados 50 papelotes da droga.

Assassina

A heroína deixou de ser uma praga apenas urbana e já se estendeu às áreas do rurais e de subúrbio dos EUA. No entanto, os números da cidade de Nova York são um termômetro para as dimensões do problema: as mortes provocadas pela droga aumentaram 84% entre 2010 e 2012, segundo os últimos dados oficiais.

Usuário americano mostra saquinho com heroína
Usuário americano mostra saquinho com heroína
Foto: Getty Images

A heroína é a alternativa para milhares de americanos viciados em analgésicos que são privados desses remédios, com um preço muito maior e um acesso mais restrito.

Um frasco de medicamentos opiáceos prescritos contra dores muito fortes como o OxyContin ou o Vicodin, altamente viciantes e que exigem receita médica, custa cerca de US$ 140 (aproximadamente R$ 340) nos EUA, enquanto uma dose de heroína pode ser obtida nas ruas por menos de US$ 10 (R$ 24).

De acordo com as autoridades de saúde, os valores explicam o aumento alarmante do número de novos usuários de heroína, que cresceu quase 60% na última década.

Outras causas para entender a alta do consumo de heroína no país são as produções recorde da droga nos últimos anos no Afeganistão, o aumento da qualidade e a entrada do opiáceo pela fronteira com o México.

Ao problema do aumento do consumo se somam as mortes nas últimas semanas provocadas por sua versão adulterada com outros componentes, o que torna a droga 100 vezes mais potente.

No final de janeiro, vazou a informação de que pelo menos 22 pessoas morreram na região ocidental da Pensilvânia por consumir uma mistura de heroína com o remédio Fentanyl, um opiáceo utilizado para anestesia geral, considerado por especialistas como uma combinação letal.

A investigação da repentina morte de Hoffman, que movimentou Hollywood, a população e os cinéfilos de todo o mundo, levantou a questão sobre os estragos causados pela droga. Um produto que, no imaginário coletivo, parecia pertencer a outra época.

Filmografia de Philip Seymour Hoffman
Filmografia de Philip Seymour Hoffman
Foto: Terra

EFE   
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