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Marina Lima fala sobre morte por eutanásia de irmão com Alzheimer: 'Orgulho danado'

A cantora Marina Lima fala em entrevista sobre morte por eutanásia de irmão Antonio Cícero, que tinha Alzheimer

16 jul 2025 - 09h05
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Marina Lima fala sobre morte por eutanásia de irmão com Alzheimer: 'Orgulho danado'
Marina Lima fala sobre morte por eutanásia de irmão com Alzheimer: 'Orgulho danado'
Foto: Reprodução/ Globo / Contigo

Marina Lima abriu o coração durante entrevista ao programa Conversa com Bial e falou pela primeira vez sobre a perda do irmão, Antonio Cícero, que morreu aos 79 anos após optar pela morte assistida na Suíça, onde o procedimento é legal. Parceiro em várias de suas composições, o poeta marcou não apenas a carreira musical da cantora, mas também sua vida pessoal. "A morte dele faz parte da obra dele. Tenho um orgulho danado disso", confessou Marina, destacando a coerência do irmão até o fim da vida. Ela aproveitou para criticar a legislação brasileira, refletindo que "como tantas outras coisas no Brasil, isso devia ser permitido aqui também".

Durante a conversa, Marina revelou que Cícero escolheu manter sua decisão em segredo da própria irmã. Segundo ela, o poeta confiou apenas ao companheiro de mais de 40 anos, Marcelo. "Ele não conversou com ninguém porque tinha medo de que tentassem impedir. Mas eu nunca interferiria, conheço ele desde que nasci", contou Marina. Apesar de não saber oficialmente do plano, ela relatou ter notado uma presença constante do irmão em seus shows naquele período, o que, sem saber, acabou se tornando uma despedida emocional e espontânea.

Marina revelou ainda que recebeu uma ligação do irmão na véspera da morte. Do outro lado da linha, Cícero disse apenas que estava na Suíça, o que para ela foi suficiente para entender o que estava prestes a acontecer. "O Cícero sempre foi ateu, não acreditava em nada. Mas amava a vida, viveu intensamente cada momento", lembrou a cantora, descrevendo o irmão como um homem apaixonado pela filosofia, pela poesia e pela liberdade de escolha.

Por fim, Marina relatou que o diagnóstico de Alzheimer pesou fortemente na decisão do poeta. Segundo ela, Cícero se sentiu profundamente desconfortável ao perder o controle da própria mente, algo que sempre prezou. "A nossa família era muito alegre, cheia de encontros e risadas. Mas depois do diagnóstico, percebi ele entristecido", concluiu, emocionada.

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