Mano Brown pede desculpas a Camila Pitanga e Antonio Pitanga após chamar atriz de 'mulata'
Após entrevista no 'Mano a Mano', pergunta sobre negritude da artista viraliza nas redes sociais
O rapper Mano Brown pediu desculpas nesta sexta-feira, 5, a Camila e Antonio Pitanga após a repercussão negativa de uma fala do cantor em seu podcast Mano a Mano. Em um episódio publicado em 21 de agosto, o rapper entrevistou ambos os atores.
Entre os debates suscitados, a negritude de Camila e o uso da expressão "mulata" foram colocados em xeque. Brown, então, se pronunciou em suas redes sociais sobre o ocorrido.
"Quero emitir um sincero pedido de desculpas à família Pitanga, em especial a Antonio e Camila Pitanga, nossos convidados, pelos transtornos causados pela repercussão do episódio", escreveu o músico.
"Reconhecemos que a condução do tema e a forma como o episódio foi divulgado são de total responsabilidade nossa, especialmente por se tratar de um assunto polêmico e atual. Reforçamos também que os convidados tiveram uma excelente participação, contribuindo com respeito, sabedoria e generosidade para o debate", finalizou.
Entenda o caso
ASSISTA: Durante participação no podcast, apresentado por Mano Brown, Camila Pitanga foi chamada de "mulata" e respondeu ao comentário.
— "Sou negra. Eu nunca me achei parda. A questão é como me veem e como eu me vejo. Eu me vejo como uma mulher negra em movimento". pic.twitter.com/nai3NJePMV
— CHOQUEI (@choquei) August 23, 2025
No episódio, Mano Brown e Camila Pitanga conversaram sobre ancestralidade e negritude. O rapper questionou como Camila se enxergava, perguntando se ela se considerava uma mulher "mulata". A atriz, no entanto, respondeu que se considerava uma mulher negra.
Brown, então, argumentou que ambos eram lidos como pardos. "Na vida é assim: o mais escuro é o mais escuro, a gente é mais claro, porque a gente teve mistura e tal. E você é lida dessa forma. Eu já vi debates sobre a sua raça e sobre a minha", argumentou o músico.
A atriz respondeu que não se importava como as outras pessoas lhe enxergavam. "Mas uma coisa é como me veem e outra é como eu me vejo", justificou. "Eu me vejo como uma mulher negra em movimento", respondeu.
"A questão é que, tendo esse baobá do meu lado, tendo Benedita da Silva como também parte da minha ancestralidade, sendo filha de Vera Manhães, tendo essa ancestralidade forte e muito clara no meu horizonte, na minha raiz, eu sei que a gente, quando sabe de si, se coloca com força para o mundo", pontuou. "Você não precisa do outro para se reconhecer, se validar".