Antes de levar 60 socos, vítima já havia tido dois celulares quebrados: 'Ciúmes'
Juliana Garcia descreveu o relacionamento de quase dois anos com Igor Cabral como 'tóxico e abusivo'; ela já havia sido agredida há sete meses
O que começou como um namoro acabou se tornando um ciclo de violência e manipulação, segundo o relato de Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos. Em entrevista concedida à Record, ela revelou que seu relacionamento com Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29, foi marcado por ciúmes extremos. "Tóxico e abusivo" foi como ela definiu os quase dois anos em que esteve com o ex-jogador de basquete.
A empresária revelou no programa Domingo Espetacular que o controle de Igor Cabral era constante. O ciúme, segundo ela, atingia níveis inaceitáveis. "Onze", respondeu Juliana, ao ser questionada sobre o grau de ciúme que enfrentava, em uma escala de zero a dez.
Antes do ataque brutal dentro do elevador, que a deixou com múltiplas fraturas no rosto, Juliana já havia sido agredida fisicamente pelo então companheiro, cerca de sete meses antes. Ela ainda relatou que teve dois celulares quebrados em episódios anteriores, sempre motivados por ciúmes.
No dia da tentativa de feminicídio, a discussão começou quando Igor a acusou de infidelidade. Juliana afirma que, após ler mensagens no telefone dela, ele arremessou o aparelho na piscina do prédio. A situação rapidamente saiu do controle.
Foi no interior do elevador que a violência atingiu seu ápice. "Então você vai morrer", teria dito Igor antes de iniciar a sequência de socos, ao todo, 61 golpes em 36 segundos, conforme mostram imagens captadas pelas câmeras de segurança. O ataque, que aconteceu entre o 16º andar e o térreo, só foi interrompido quando as portas se abriram.
Mesmo após o episódio, Igor não demonstrou arrependimento imediato. "Saiu ajeitando o chinelo como se nada tivesse acontecido", contou a vítima, descrevendo a frieza com que ele deixou o local da agressão. Igor Eduardo Pereira Cabral foi preso em flagrante e autuado por tentativa de feminicídio. Em sua defesa, o ex-jogador alegou sofrer de claustrofobia, justificativa que, até o momento, não foi respaldada por nenhum laudo médico apresentado às autoridades.